Futebol

Mancini diz que sua experiência profissional no Vasco não foi boa

O técnico Vágner Mancini, que deixou o Vasco depois de 18 jogos, com 10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas, após ser derrotado pelo Americano, em São Januário, por 3 x 2, em 24/03, teve sua contratação anunciada pelo Guarani de Campinas.

Pela primeira vez desde que deixou o cargo, Mancini fala sobre sua passagem no Gigante da Colina, em entrevista à Super Rádio Brasil e fala sobre a falta de um projeto \"em outras equipes anteriores\":

\"Esse acerto vai me dar chance de fazer um projeto que infelizmente acabou não acontecendo nessas equipes anteriores onde eu estive, que é o que eu acho que realmente funciona no futebol.\"

O que ficou para Mancini sobre o Vasco?
\"Absorvi uma coisa muito simples: Muitas vezes, na vida, você é escolhido e poucas vezes você escolhe. Eu tive uma experiência no Vasco que foi muito boa em vários sentidos e que não foi boa no aspecto profissional. Essa é a verdade. Embora até eu tenha deixado muitos amigos aí, aliás, fiz muitos amigos na cidade. Isso é uma coisa que a gente leva eternamente, enquanto a gente estiver em vida. Pelo outro lado, foi um projeto que me foi apresentado lá atrás e que de repente, foi mudado o rumo. É óbvio, a gente aceita a opinião de todo mundo, embora a gente pense diferente. Por isso, eu disse anteriormente que a gente é escolhido e algumas vezes, a gente escolhe. Eu escolhi o Guarani hoje porque acho que dá para ser feita uma coisa em longo prazo, baseado em alguns conceitos que para algumas pessoas são fundamentais e que para outras, não. Eu volto a dizer: Fui feliz em alguns momentos no Vasco, levo a melhor impressão do clube, de muitas pessoas que lá estiveram comigo, até de boa parte da imprensa, com a qual eu tive uma ótima convivência esse tempo. Mas a vida segue, a gente está em outro lugar agora. Vamos dar sequência naquilo que é bom na vida da gente.\"

Se dependesse só de Mancini, continuaria no cargo após a derrota para o Americano?
\"Óbvio. Eu jamais jogaria a toalha, como eu sempre fiz na minha vida. Eu jamais iria abandonar o barco, até porque eu sabia que logo a gente teria uma reação. Mas, enfim, foi tomada a decisão, eu aceito. A gente tem que entender a posição de cada um, dentro da estrutura. É o que eu disse anteriormente, a vida segue, vamos levantar a cabeça e saber que a gente não pode ser num turno muito bom e no segundo turno muito mal, mito ruim. Óbvio que normalmente no futebol, a gente é rotulado, mas ninguém desaprende. Eu estou muito confiante de que posso fazer um grande ano no Guarani. São dois anos de contrato, dá para fazer uma coisa mais longa e, aí, sim, a gente vai ter oportunidade de mostrar novamente aquilo que nós somos possíveis e capazes.\"

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