Lucas Kal fala sobre passagem pelo Vasco: "Vou levar pra minha vida"
O zagueiro Lucas Kal será uma das novidades do elenco principal do São Paulo para 2019. Formado nas categorias de base em Cotia, ele foi emprestado neste ano para o Guarani e depois para o Vasco da Gama.
Aos 22 anos, o defensor terá como concorrentes Arboleda e Bruno Alves, que terminaram a temporada como titulares, além de Anderson Martins e Rodrigo Caio, que pode ser negociado até o começo do ano que vem.
"Recebi a notícia agora nas férias e fiquei feliz, por ser um clube que me deu todo o suporte desde muito novo e minha vontade sempre foi vestir a camisa do time principal do São Paulo e espero poder jogar e retribuir toda confiança depositada em mim por todos que sempre me apoiaram", disse, ao ESPN.com.br.
No São Paulo desde garoto, Lucas venceu títulos como a Libertadores sub-20 e o Brasileiro de Aspirantes, mas nunca fez uma partida entre os profissionais. Por isso, foi cedido para a equipe de Campinas, na qual jogou 11 partidas como titular na conquista da Série A2 do Paulista. Já no Vasco ele entrou no segundo tempo na derrota fora de casa por 2 a 1 para o Grêmio, pelo Brasileiro
Na equipe do Morumbi ele vai reencontrar André Jardine, que foi seu treinador no sub-20 e agora comanda a equipe principal.
Veja a entrevista com Lucas Kal:
Como você começou no futebol? Fez algo antes de jogar bola?
Comecei com 7 anos quando entrei em uma escolinha de futebol em Campinas, Escolinha Chuteira de Ouro do ex-jogador André Cruz e junto entrei no futsal pelo ASPAME/Sesi, antes disso pratiquei natação, mas a paixão foi pelo futebol. Fiz teste no São Paulo mesmo, através de uma indicação do coordenador da escolinha que jogava, Ligio de Carvalho, que me indicou para o São Paulo.
Quais os melhores momentos e títulos marcantes na base do São Paulo?
Graças a Deus tive muito sucesso na base do São Paulo, sempre sendo capitão e ganhando títulos. O primeiro título importante a gente nunca esquece, que foi a Copa do Brasil sub-17, a Libertadores sub-20 que foi um torneio sensacional, o bicampeonato da Copa do Brasil sub20 e campeão do Campeonato Paulista sub-20, onde encerrei a passagem pelas categorias de base. Sem dúvidas, tive muito sucesso com a camisa do São Paulo.
No Guarani foi emprestado e venceu a Série A2...
Com certeza ficará marcado pra mim, pois foi o meu primeiro título como jogador profissional, um período de muito aprendizado, minhas primeiras partidas como profissional, em um clube com muita história, não podia começar de uma forma melhor.
Como surgiu o Vasco na sua vida?
Surgiu de maneira inesperada, tinha acabado de estrear com a camisa do São Paulo e durante uma folga recebi ligações do meu empresário, do diretor do Vasco, Alexandre Faria e no dia seguinte já estava embarcando pro Rio de Janeiro.
Qual sua avaliação da passagem pelo Vasco?
O Vasco é um time grande, com uma camisa pesada e, como já disse antes, tive muito aprendizado, convivi com caras experientes, com passagens em outros grandes times, pela Europa, por exemplo o Maxi López, o Leandro Castán que é um exemplo pros mais jovens, como eu, então vou levar pra minha vida essa passagem e tirar de lição tudo que vivi.
Como foi a volta ao São Paulo?
Recebi a notícia agora nas férias e fiquei feliz, por ser um clube que me deu todo o suporte desde muito novo e minha vontade sempre foi vestir a camisa do time principal do São Paulo e espero poder jogar e retribuir toda confiança depositada em mim por todos que sempre me apoiaram.
Jardine precisa mudar algo para dar certo no profissional?
O Jardine é um grande treinador, tive a felicidade de trabalhar com ele na base e foi um período de muito sucesso. È um treinador muito vitorioso, com um estilo agressivo, que não gosta de perder, com a cara do São Paulo, assim que o grupo entender e assimilar o que ele pede, tenho que vamos colher bons frutos esse ano e espero que ele possa ter repetir o sucesso que teve na base, na equipe principal também.
O que muda no profissional em relação a base que acaba não permitindo muitos vingarem?
São estilos diferentes, na base é um jogo mais corrido, então leva um tempo pro garoto que subiu se adaptar, todo lugar é assim, até entender o estilo de jogo do profissional e ver o que tem que fazer, o que precisa melhorar e leva tempo, por isso o jogador precisa de minutos em campo, pois só assim ele vai adquirindo mais experiência de jogo.
Como o São Paulo começa a temporada 2019?
O São Paulo é um clube gigante, um clube vencedor, tenho certeza que vai começar muito forte, vejo coisas boas pra 2019, pra conquistar títulos, qualquer campeonato que o São Paulo disputa é pra vencer e é assim que vamos começar.
Que achou da Pré-Libertadores?
Um grande desafio, que tenho certeza que vamos superar e avançar pra fase de grupos, um torneio muito difícil, mas que o São Paulo sabe como ganhar e vamos em busca disso.
Os meninos, mesmo aqueles que fizeram mais jogos em 2018 (como Liziero, Luan), estão preparados para jogar mata-mata de Libertadores, aguentar pressão?
No São Paulo a pressão vem desde pequeno, desde as categorias de base, onde entra pra vencer tudo que disputar, e são jovens, mas que já têm minutos no profissional, então acredito que com a experiência adquirida nesse último ano, todos vão estar preparados pros desafios de 2019.
É bom ter veteranos para ajudar nessas horas?
Sem dúvidas, são caras que já viveram momentos como esse, em torneios importantes, com pressão e com isso acabam passando essa experiência pros mais jovens, o que ajuda bastante pra poder encarar todos os jogos do ano com sabedoria e com a maior qualidade possível.