Liga Europa terá reencontro de vascaínos
Stéphane Demol, antigo dragão, destaca João Carlos como uma das figuras do Genk, adversário do F.C. Porto no «play-off» da Liga Europa. O central brasileiro acrescenta um ponto na teoria de aldeia global. Helton tem quota de responsabilidade na carreira do defesa de 28 anos.
João Carlos e Helton cresceram lado a lado, no Vasco da Gama. Mais velho, o guarda-redes portista ocupava a baliza quando o central chegou à equipa principal, em 2001. «É meu grande amigo. Já não o vejo desde essa altura, mas falámos no ano passado. Posso dizer que o Helton tem a sua parte na minha formação como jogador. Foi o meu primeiro guarda-redes», começa por dizer, ao Maisfutebol.
«Eu era novo e fizemos ano e meio seguidos na equipa. Ele dizia: João, não é assim, João, faz assim, João, vai para ali. Gritava muito mas sem faltar ao respeito, claro. Deu-me muito na cabeça, mas sempre a pensar no meu melhor e no melhor para a equipa. É grande guarda-redes, grande pessoa e merece tudo de bom. Já nessa altura, andava sempre com o violão atrás», brinca o defesa-central.
«O Hulk é um jogador potente»
João Carlos nunca esteve no Porto. Porém, conhece de cor o adversário do Genk. «O F.C. Porto já venceu tudo o que é troféu, é uma equipa que tem muitas armas, mais que nós. Tem o Helton, mas também o Hulk, que é um jogador potente, que já chegou à selecção. Depois há o Falcao, que chegou no ano passado e também é perigoso. E o Souza, que veio agora do Vasco, onde eu joguei», enumera o brasileiro.
A equipa belga respeita o F.C. Porto, sem prestar vassalagem. João Carlos é central com fama de goleador, uma referência no jogo aéreo: «Se der para marcar o meu golo, não vou dizer que não. É uma satisfação poder jogar no Dragão, com toda a gente a ver, é daqueles momentos em que todos os jogadores se querem mostrar. Dos adversários possíveis, este era o mais complicado para o Genk»
«Mas não vamos entregar o jogo. Também temos as nossas armas. O Kevin De Bruyne, por exemplo, chegou agora à selecção principal da Bélgica. É um jovem extremo com muito talento e ainda pode evoluir muito mais», avisa João Carlos.
O defesa tem 28 anos e está na Bélgica há quatro. Recebeu o passaporte belga e chegou a ser equacionado para a selecção. Para já, o futuro passa pelo Genk. «Houve contactos para sair, mas nada de concreto. Até para Portugal chegou a falar-se, no passado cheguei a estar em Lisboa, porque o meu empresário era português. Mas nada se concretizou. Quanto à selecção belga, houve agora mudança de seleccionador e temos de esperar. De resto, tenho mais dois anos de contrato com o Genk e a minha família é feliz aqui», concluiu.
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