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Lance! continua a homenagear São Januário com crônica de Dinamite

Hoje o LANCE! dá continuidade a uma série de seis capítulos sobre os 80 anos de São Januário, comemorados no último dia 21. Alguns heróis vascaínos contam seus momentos mais emocionantes vividos no estádio

POR ROBERTO DINAMITE

Para mim, São Januário representa tudo. Foi lá onde comecei a jogar futebol, ainda nas divisões de base. Eu tive a oportunidade de cumprir todas as etapas pelas quais os jogadores que se formam no Vasco passam. Até pouco tempo atrás, enquanto eu ainda tinha um bom relacionamento com o atual presidente, havia uma foto minha no departamento infantil.

Atuar em São Januário desde as categorias inferiores foi fundamental para mim, para a minha carreira, já que não senti aquela pressão que existe quando se é promovido aos profissionais. Lembro-me bem de nossos jogos no juvenil. Certamente, isso tudo contribuiu para eu crescer como jogador de futebol.

Já como profissional, aconteceram muitas partidas importantes que fiz em São Januário. Eu me lembro de uma vitória do Vasco sobre o Bonsucesso, em São Januário, em 1972, por 2 a 1. A partida estava muito difícil e eu consegui marcar o primeiro gol do Vasco, de pênalti, e o segundo, de rebote, após falta cobrada e rebote do goleiro.

Além das vitórias, que foram muitas, o que me marcou durante todos os anos em que estive em São Januário foi a minha relação com as pessoas, desde a infância. O mais legal disso tudo é que, no caso das pessoas que ainda estão vivas, mantenho contato com todas aquelas com as quais convivi. Tenho amizade até hoje com os companheiros das categorias de base.

Independentemente do que aconteça, São Januário sempre será minha casa. É onde aprendi tudo, como jogador e cidadão. Sei que devo muito ao estádio, como sei que também fiz minha parte na sua história.

Fonte: Lance