José Henrique Coelho comenta denúncia do Extra
Considerando a denúncia publicada ontem pelo jornal Extra, parece que o nepotismo se tornou mesmo parte do cotidiano do Vasco. A matéria mostra que a empresa do genro do presidente Carlos Roberto Dinamite, Locaflat agência de viagens e turismo Ltda., lucra mais de R$ 600 mil em comissões. Há cerca de dois anos, quando saí do Vasco, apontei o favorecimento de parentes e amigos, na maioria das vezes com prejuízo para o clube e esta era uma das razões pelas quais deixava a administração.
Esse tipo de contrato deixa clara a falta de compromisso do atual presidente com os interesses do Vasco. O atual presidente, quando oposição, defendia a moralização da administração, depois adotou suas piores práticas.
Depois que o STF proibiu a contratação de parentes por deputados, em vez de a população do estado pagar pelos empregos dos parentes, são os vascaínos, sócios e torcedores que arcam com o prejuízo. E ainda pagam mais caro. Que fique claro que o motivo da contratação do genro, por exemplo, não foi a competência, pois não houve qualquer consulta a outras empresas do gênero na época e disto sou testemunha.
Quanto ao fator preço, a matéria confirma que o valor dos serviços é acima das práticas do mercado. Para uma administração que se pauta pelo atraso nos pagamentos a funcionários e fornecedores, só mesmo sendo familiar para chegar ao fim do ano com os pagamentos em dia, conforme publicado. Por outro lado o crescimento do faturamento da empresa dentro do clube é promissor: cresceu 60% no segundo ano e mais 60% no terceiro ano.
Em nota, a empresa GenroTur demonstrou sua total intimidade com o presidente-sogro, ameaçando punir e processar sócios que porventura tenham apresentado as informações ao jornalista. As informações publicadas não foram desmentidas.
O V.P. de finanças Nelson rocha disse desconhecer o contrato, um reflexo do seu compadrio com a presidência, que visa retirar dos vascaínos a transparência anteriormente defendida quando fazia oposição, mas guardada a sete chaves no bunker construído por ele para esconder contratos, documentos e os péssimos resultados da administração, da qual hoje também faz parte.
É neste cenário que o presidente pede aos vascaínos sua reeleição para mais três anos de contratações de parentes e amigos e acena a todos com a ameaça da impossível volta do ex-presidente, único modo de se mostrar útil. Não acredite mais em polarização. Os vascaínos hoje têm opções e podem escolher alternativas ao grupo do ex-presidente e a própria administração.
A chapa Seremos Campeões apresenta, entre as suas propostas de reforma do estatuto, a proibição da contratação de parentes pelos dirigentes do clube e a total autonomia de acesso aos documentos e contratos do clube pelo conselho fiscal, de forma a assegurar aos sócios a credibilidade da gestão.
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