Futebol

Jonílson fala em entrevista sobre Romário e Eurico

Apresentado no dia 26/12 em São Januário, como um dos principais reforços do Vasco para a temporada 2008, o volante Jonílson, ex-Botafogo e Cruzeiro, bateu um papo com a Trivela na manhã do dia seguinte. O jogador, de 29 anos, não teme os fortes times que Flamengo e Fluminense estão montando e acredita que o clube da colina pode conquistar o título estadual. Natural de Pinheiral, interior do Rio, Jonílson ainda fala de Romário, Eurico Miranda, Copa do Brasil e de sua experiência no Japão em 2007.

O Vasco não ganha o Estadual do Rio há cinco anos, perdeu jogadores fundamentais, se reforçou com nomes de menor prestigio em relação aos rivais e tem um elenco mais fraco que o Flamengo e o Fluminense. Acha que o clube tem condições de lutar pelo titulo estadual?

Com certeza, uma equipe grande como o Vasco não pode ficar tanto tempo assim sem ganhar títulos. Em relação a ter um elenco, que no papel, é pior que os rivais, nós já estamos vacinados contra essa idéia. Muitos clubes já formaram ‘seleções’ e no final afundaram. Não existe super time! Tudo se resolve em campo. No papel ninguém ganha campeonato. O Vasco vai se unir e queremos ganhar.

Na Taça Guanabara 2008, o Vasco caiu no grupo do seu ex-clube, o Botafogo. Com qual sentimento você vai encarar o clássico contra eles?

Eu respeito demais o Botafogo, foi um clube muito importante na minha carreira. Mas agora defendo o Vasco e vou dar tudo de mim pelo clube independente de quem seja o adversário.

Sobre trabalhar com Romário, que será jogador e técnico, o que você espera?

Eu não faço idéia de como é o Romário como treinador. Já o enfrentei como jogador, e todos estão cansados de saber a fera que ele é dentro de campo. Acho que muitos jogadores gostariam de estar na minha situação, pois trabalhar com o ‘Baixinho’ vai ser algo especial. Estou motivado e feliz.

Como foram seus primeiros contatos com o presidente do clube, Eurico Miranda? Qual tipo de impressão você teve dele?

Tivemos várias conversas. Ele já me queria antes mesmo de eu jogar no Botafogo, quando eu estava no Volta Redonda. O Eurico sempre me pareceu muito confiante e determinado.

Na Copa do Brasil 2008, o Vasco vai estrear contra o Itabaiana, de Sergipe. Quais as principais dificuldades que você espera em jogar no Nordeste?

Jogos contra equipes desconhecidas são sempre difíceis. No futebol não tem ninguém bobo mais. Essas equipes também se preparam e vão criar problemas.

Como avalia seu ano de 2007, onde você jogou pelo Vegalta Sendai, do Japão?

Lá, eles correm muito, viu! (risos) O jogo deles tem muita correria e pouca troca de passes. A parte técnica não é tão apurada, mas os brasileiros que jogam lá fazem a diferença. Na minha equipe, por exemplo, só o meia coreano (Ryan Yon-Gi, norte-coreano) e o atacante, o Yuki (Nakashima), teriam condições de jogar no Brasil. Apesar de o futebol ser diferente, acredito que eles poderiam arrumar alguma coisa aqui. Mas foi uma experiência muito positiva para mim. Adorei.

Os brasileiros que jogaram no Japão sempre falam que a relação com os futebolistas japoneses é muito boa. É verdade?

Com certeza, eles respeitam demais os brasileiros. Eles estão sempre preocupados em saber se estamos bem, tanto dentro quanto fora de campo, e os torcedores incentivam bastante.

Foi o primeiro ano como treinador principal do Tatsuya Mochizuki. Como ele se saiu? Os métodos dele são muito diferentes dos técnicos que você já havia trabalhado?

Eles querem que o jogador corra muito. Aqui no Brasil os treinadores valorizam mais a parte tática e técnica. Como era o primeiro ano dele como técnico principal de uma equipe, ele queria vencer de qualquer jeito. Ele sempre chamava o jogador para conversar em particular. Foi legal trabalhar com ele, sim.

Chama a atenção o fato de você ter disputado mais de sete temporadas pelo Volta Redonda e só ter chegado a uma equipe grande com quase 27 anos, quando assinou pelo Botafogo...

É verdade. Eu sempre assistia a outros campeonatos e não entendia por que eu não jogava naquelas equipes consideradas ‘grandes’. Durante esses anos no Volta Redonda (1998 a 2005), eu sempre lutei bastante e acreditava que uma hora ia acontecer. Tive muita fé e hoje me sinto feliz.


FICHA - Nome: Jonilson Clovis Nascimento Breves

Data de nascimento: 28/11/1978, em Pinheiral, Rio de Janeiro.

Clubes:
1998: Volta Redonda
1999: Volta Redonda
2000: Volta Redonda
2001: Volta Redonda
2002: Volta Redonda
2003: Volta Redonda
2004: Volta Redonda
2005: Volta Redonda e Botafogo
2006: Cruzeiro
2007: Vegalta Sendai (JAP)
2008: Vasco

Títulos:
Segunda Divisão Carioca (2004) e Campeonato Mineiro 2006

Fonte: Trivela