Irresponsável, ex-árbitro e comentarista da Band suspeita da idoneidade de L

O ex-árbitro e comentarista da Bandeirantes Oscar Roberto Godói mais uma vez aprontou das suas com uma declaração bairrista e injustificável. Ao ser perguntado sobre o que esperava da arbitragem do gaúcho Leonardo Gaciba, o ex-soprador de apito declarou.

"Toda vez que um time carioca está em crise e vai enfrentar um time paulista, colocam o Leonardo Gaciba para ajudar a tirar o time carioca da crise. Espero que hoje ele não ajude o Vasco", declarou o juiz envolvido no escândalo envolvendo uma armação de resultados da Copa do Brasil em 1997 em gravação denunciada pelo Jornal Nacional.

Curiosamente, o retrospecto do Vasco em jogos apitados por Leonardo Gaciba não confirma a afirmação do irresponsável comentarista da Bandeirantes, pois em 14 jogos contra os paulistas com arbitragem do gaúcho, o Vasco venceu apenas 3 partidas, empatou 5 e perdeu 6 jogos Nem o Caldeirão de São Januário foi capaz de reverter o péssimo retrospecto vascaíno contra os paulistas sob arbitragem de Leonardo Gaciba, o que desmente a acusação do despreparado comentarista, pois em 9 jogos o Vasco empatou 5 vezes, venceu duas e perdeu outras duasNo retrospecto geral, considerando adversários de todos os estados, foram 24 jogos, 4 vitórias, 9 empates e 11 derrotas, portanto, em nenhuma hipótese a afirmação de Godói faz sentido.

O leviano e despreparado comentarista é um dos responsáveis pela alteração da legislação esportiva no que se refere à necessidade de sorteio para a escolha do trio de arbitragem como explica o Prof. Dr. Alberto Inácio da Silva no artigo Árbitro de futebol e legislação esportiva aplicável na edição número 121 de junho de 2008 da Revista Digital. Leia trecho transcrito a seguir:

“Os parágrafos 1º e 2º do artigo 31 definem que o sorteio deverá ser realizado quarenta e oito horas antes da partida, sendo aberto ao público, garantindo sua ampla divulgação.

De acordo com o artigo 32, ocorrerá ressarcimento ao torcedor dos valores pagos pelo ingresso, em face da ausência dolosa de isenção ou imparcialidade do árbitro ou de seus assistentes. Segundo o parágrafo 1º desse artigo, respondem solidariamente com o árbitro ou seus assistentes a entidade e os dirigentes responsáveis por sua escalação. As escalações dos árbitros de futebol já foram motivo de um dos maiores escândalos, envolvendo corrupção na CBF. Em 1997, o então presidente da Comissão de arbitragem da CBF, Ivens Mendes, foi banido do futebol pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva, por cobrar determinadas quantias de equipes grandes do futebol paranaense e paulista, para que árbitros dessem uma mãozinha a determinadas equipes. Uma fita divulgada na impressa mostrou que presidente da Comissão cobrava 25mil reais para tentar eleger-se deputado federal por Minas Gerais (CARDOSO, 1997). A negociata estava ocorrendo com o então presidente do Atlético Paranaense, mas envolvia um ex-presidente do Corinthians, ambos os dirigentes também foram punidos” .

O resultado do jogo, apitado pelo "unha de cavalo", Oscar Roberto de Godói, foi derrota do Vasco por 3 a 1 no Pinheirão com direito a expulsão de Edmundo, melhor jogador daquela temporada, que havia recebido um soco do zagueiro do Atlético-PR. A armação de Dualib e dos paranaenses deu resultado, pois o Vasco foi tirado do caminho após ter perdido por 3 a 1 no Paraná e ter vencido por 4 a 3 em São Januário. Na gravação do diálogo divulgada pelo Jornal Nacional, os corruptores trapalhões usam a expressão "um zero zero" como código para se referirem ao valor 100.

Esta matéria não considerou o resultado da partida entre Vasco e Palmeiras comentada por Oscar Roberto de Godói, já que sua declaração foi dada antes de começar a partida.

Nota: mande sua reclamação para a rede Bandeirantes pelo site www.band.com.br