Guia: Confira o que o Vasco e cada clube precisa para escapar da degola
A hora é de tirar um coelho da cartola - ao menos para os cinco clubes que estão seriamente ameaçados pelo rebaixamento. Com desempenhos bem parecidos em casa e como visitantes, Bahia, Fluminense, Vasco, Ponte Preta e Criciúma precisam, a seis rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, se reinventar para escapar das três vagas que restam para a degola. O Náutico já está rebaixado, e Coritiba e Portuguesa, também ameaçados, apresentam sinais mais convincentes de que podem fugir da queda.
De acordo com cálculos do matemático Oswald de Souza, o atual número mágico para um time respirar aliviado é 47 pontos. Aquele que chegar a 43 tem 72% de riscos de cair (Veja a tabela ao lado). Porém, desde 2006, quando o nacional passou a ter 20 clubes, somente em uma ocasião um time alcançou 45 pontos e foi rebaixado. Isso aconteceu com o Coritiba em 2009. Hoje, o risco de queda com essa pontuação é de 20%.
A trajetória desse Brasileirão aponta para um possível corte alto. O Vasco, que encabeça a zona do rebaixamento, tem 36 pontos. Apenas uma vez um time rebaixado tinha pontuação superior a essa na 32ª rodada. Em 2007, o Corinthians aparecia com 38 pontos e foi rebaixado com 44.
CORITIBA
Com 40 pontos, o Coxa tem apenas 10% de risco de disputar a Segunda Divisão em 2014. O Couto Pereira surge como principal aliado do time, o pior visitante do nacional, com somente oito pontos. Sorte sua que, das seis rodadas que restam, três serão em seu estádio, onde conquista 66,6% dos pontos. As recentes vitórias contra Cruzeiro e Grêmio dão força à tese. Dois triunfos e um empate em Curitiba fariam a equipe somar 47 pontos e se dar ao luxo de perder as três fora.
PORTUGUESA
É outro time que tem feito valer o mando de campo e, para escapar da queda, basta fazer o dever de casa. Dos 39 pontos conquistados, 29 foram no Canindé, onde venceu oito dos 16 duelos que realizou. Fará três jogos em casa nesta reta final e pode assegurar a permanência nessas partidas, para não depender do pífio desempenho longe dos seus domínios, onde acumula dez derrotas e somente duas vitórias. O risco de rebaixamento após a 32ª rodada é de 13%.
BAHIA
O Bahia inicia o grupo dos mais ameaçados e que possuem desempenhos bem parecidos. Assim como os rivais Fluminense, Vasco, Ponte Preta e Criciúma, venceu somente seis vezes em casa e três fora. Com 38 pontos, tem 30% de risco de cair. Precisa de mais nove pontos para ficar seguro. A seu favor está o fato de ainda enfrentar o Náutico - segundo pior lanterna da história dos pontos corridos - fora de casa, o que pode render três pontos preciosos na briga pela permanência.
FLUMINENSE
Entre os ameaçados, é o time com maior jejum de vitória. Não ganha há oito jogos, mais de um mês. Tem 36 pontos e 44% de risco de queda. Para piorar, não tem se dado bem no Maracanã: foram 13 partidas e somente três triunfos. Precisará reencontrar a sintonia com o palco, decisivo na arrancada de 2009. É mais um time que enfrenta o Náutico, em casa, e tem teoricamente duelos contra times que podem estar desinteressados, como Corinthians, Santos e Atlético-MG.
VASCO
Tem a mesma pontuação do Flu, mas pior saldo de gols, o que lhe deixa encabeçando a zona do rebaixamento e com 45% de risco de cair. O próximo duelo será contra o Santos, no Rio. Surge como decisivo, já que depois sai para duas partidas fora e precisa garantir pontos. Em casa ainda enfrentará o rebaixado Náutico e o Cruzeiro, provavelmente já campeão. Precisa de mais 11 pontos para chegar aos sonhados 47.
PONTE PRETA
Diferentemente de outros concorrentes, não tem o Náutico em sua tabela - casos de Bahia, Vasco, Fluminense e Criciúma - e é o único que ainda disputa outra competição. Tem viagem marcada para a Argentina nesta semana para duelar com o Vélez Sarsfield, pela Copa Sul-Americana. Com 34 pontos, tem 76% de risco de cair. Esboçou uma reação nas últimas rodadas e está invicto há quatro jogos. Mas, para chegar aos 47 pontos, precisa vencer quatro dos seis jogos que restam.
CRICIÚMA
O Heriberto Hülse não tem sido o alçapão de que o Tigre precisa na luta para permanecer na elite após dez anos de ausência. Nos dois últimos jogos em seu estádio, a equipe perdeu para a Portuguesa e empatou com a Ponte, concorrentes diretos. Fora de casa, são apenas três vitórias e dez derrotas. O primeiro jogo da reta final será contra o lanterna e rebaixado Náutico, em Recife. É a chance de vencer e ganhar ânimo para buscar o restante dos pontos em casa. Com 33 pontos, tem 77% de risco de cair.
Fonte: ge