Futebol

Goleiro prestes a se naturalizar português foi rejeitado no Vasco por baixa

Naturalizados portugueses, os brasileiros Deco e Liédson, da seleção de Portugal, servem de inspiração para o menino José Eduardo Goulart, de 15 anos. Lusodescendente, o aluno da Geração Benfica — única escolinha que representa o futebol português da América Latina — já deu entrada em sua documentação para conseguir a dupla-cidadania e, em janeiro, viaja à Terrinha com um sonho na bagagem: passar no teste para ser goleiro do Benfica, time mais popular do país.

Eduardo abraçou tanto a vontade de defender Portugal que hoje, quando o Brasil entrar em campo para definir o primeiro lugar no Grupo G, ele vai torcer para o time de Cristiano Ronaldo.

Não sou muito patriota e não gosto dessa seleção brasileira. Minha mãe torce para Portugal e eu também. Não quero que o Brasil seja campeão”, enfatiza o garoto, que também duvida do potencial dos portugueses para serem campeões da Copa.

Tão difícil quanto o Brasil levantar o caneco será para Eduardo conseguir se transformar em goleiro profissional. Com apenas 1,75m, ele enfrenta a rejeição de diversos clubes (Fluminense, Vasco, Grêmio, Botafogo e Flamengo).

“Sempre dizem que tenho boa técnica, mas que sou muito baixo”, lamenta ele, sem desistir e em tratamento ortomolecular para alcançar, pelo menos, a altura de 1,84m.

Um dos 60 alunos da escolinha, Lucca Biot Tepedino, de 12 anos, também almeja ser jogador e não demonstra entusiasmo com a Seleção de Dunga.

“Acredito que o Brasil não vai passar das semifinais. Podemos até sair antes, se pegarmos a Espanha”, aposta o Tricolor, que também teme o confronto com o time de Maradona: “Vamos jogar com raça, mas a Argentina tem mais habilidade e vai ganhar do Brasil”.

Fonte: O Dia