Gestão Dinamite é marcada por interdições e prejuízo em vários esportes
Nessa semana o Vasco foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol pela segunda vez em sua história, e coincidentemente, pela segunda vez na gestão do presidente Roberto Dinamite, que dos 115 anos de história do Club de Regatas Vasco da Gama, só presidiu em 5 e conseguiu esse feito impressionante na parte negativa.
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As dores do torcedor vascaíno seriam menores se essa incompetência toda fosse somente nessas duas únicas vezes em que o Vasco foi rebaixado, mas o freqüentador das sedes sociais e apreciadores dos demais esportes do clube sabem que o clube sofre com o abandono e omissão do presidente nesses setores.
A Gestão Dinamite ganhou fama pelas diversas interdições. Primeiramente a do Ginásio Principal de São Januário, palco de grandes partidas nas quais o Vasco conseguiu alcançar grandes conquistas no futsal e basquete, por exemplo. Interditado há um pouco mais de dois anos, por puro desleixo com a conservação do patrimônio do clube, esportes como futsal, basquete, vôlei e paradesporto sofrem com a perda desse local para treinamentos e partidas.
O Vice-Presidente de Engenharia do Vasco, Manoel Santos, prometeu que para 2014, essa será a principal obra de recuperação de patrimônio do clube, mas promessas são feitas desde o primeiro dia de interdição.
Em 2013, após diversas denúncias do blog CRVG – Em Todos os Esportes, na qual apresentou ao torcedor do Vasco e amantes da natação brasileira, o estado de conservação do Parque Aquático de São Januário, o local foi interditado. Palco de Copa do Mundo, campeonatos sul-americanos e brasileiros de natação, o estádio estava jogado as moscas. Cadeiras enferrujadas, quebradas, lixo por todos os cantos, fraldas usadas jogadas nas arquibancadas, até pássaro morto tinham no local.
Após essa denúncia, o assunto ganhou a mídia, reportagens no canal SporTV, sites conceituados como Globo Esporte e Lancenet e sempre com a mesma declaração de que não há previsão de retorno de funcionamento, pois a obra para reestruturar o local sairia em um preço no qual o Vasco da Gama não tem condições de bancar atualmente.
Porém, no início de 2012, o Vasco recebeu uma proposta de reforma do Parque Aquático a custo zero para o clube. Apresentada pelo ex-nadador do Vasco e da Seleção Brasileira, Gustavo Borges, o projeto viabilizaria toda a reforma do local e possivelmente, poderia dispor o estádio aquático a ser uma das sedes das Olimpíadas de 2016, mas a diretoria da época, pois a toda hora pulam do barco, recusou.
Também em 2013, houve a interdição das quadras externas de São Januário, que servia de local de treino e jogos para o futsal do clube, já que com a falta do ginásio, o DP de Futsal teve que improvisar. Com problemas no piso e com goteiras na sua cobertura o que inviabilizava a realização de atividades nas quadras, o ginásio ficou interditado cerca de dois meses, e após pequenos reparos está de volta à ativa, mas apenas como um quebra-galho do ginásio. Na época da interdição, as equipes de futsal do Vasco estavam entrando no mata-mata dos Estaduais, e lá, o Vasco não havia perdido uma partida sequer, tendo que jogar longe de casa, o Vasco terminou com 5 vices-campeonatos.
Outro sede social do clube foi deixada de lado, a Sede do Calabouço, que iria entrar em reforma, na qual foi iniciada, mas nunca concluída. O local é o único no qual o sócio do Vasco pode aproveitar para lazer pessoal, mas está muito aquém do que o Club de Regatas Vasco da Gama com a grandeza que tem, poderia oferecer aos seus associados.
Na noite dessa terça-feira, mais uma vez a incompetência na gestão do futebol do Vasco, prejudicou outro esporte: o futsal. Após 12 anos, o Vasco está de volta a uma final de Campeonato Estadual Adulto, e decidiria o primeiro jogo em São Januário, mas por motivos de segurança, já que o medo do presidente e seus aliados, de que torcedores revoltados invadissem São Januário em protesto contra a gestão Dinamite, fez com que o DP de Futsal do Vasco colocasse o seu mando para Teresópolis, ou seja, uma quadra neutra o que pode ter influenciado o resultado da partida, na qual o Vasco perdeu para a ADDP por 6 a 3.
A cada dia que passa o torcedor do Vasco tem mais a incerteza do amanhã do clube.
Por: Raphael Caminha – caminharaphael@gmail.com
Fonte: Blog CRVG em Todos os EsportesMais lidas
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