Fumagalli ressalta amizade com Éder Luis fora do campo
Discretos, de fala mansa, com sotaques diferentes do chiado característico do carioca. Na cidade da beleza e do caos, os pacatos Eder Luis e Fumagalli encontraram nas raízes do interior a afinidade necessária para o começo de amizade regada a jantares em família e conversas sobre o que há de bom em Uberaba e Aparecida do Monte Alto, municípios de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente. O atacante é titular indiscutível e o apoiador, antes nem relacionado, tem grandes chances de encarar o Grêmio Prudente amanhã. A dupla da roça é uma aposta de Paulo César Gusmão.
O treinador surpreendeu ontem ao escalar Fumagalli em boa parte do treino coletivo no lugar de Jonathan, que antes havia substituído Fellipe Bastos. O belo gol de falta contra o Vitória, no último domingo, deu novo fôlego ao apoiador. Quando esteve fora até mesmo do time reserva, encontrou em Eder Luis um dos principais incentivadores.
Ele sempre me deu muita moral, sempre achou que eu deveria ter mais oportunidades. Às vezes, ele me ligava para perguntar como eu estava, ele fora com o time e eu no Rio, nos treinamentos lembrou.
Não é apenas de incentivo que vive a amizade. Aos risos, Eder Luis chama de pai o amigo sete anos mais velho por considerar o rosto de Fumagalli mais cansado do que deveria. A brincadeira ajuda a descontrair ainda mais o ambiente. Apesar de eles se conhecerem há pouco mais de quatro meses, a afinidade criou laços, segundo Eder, que extrapolam a passagem por São Januário: Nossa amizade é verdadeira. Somos pessoas de família, caseiras. Eu já pude aprender muito com ele.
Eder Luis
O que falar dessa amizade com o Fumagalli?
São amizades que fazemos no futebol, no dia a dia. Convivemos com os companheiros mais do que com as esposas. Não tenho do que reclamar. Essas são as verdadeiras. O Fumagalli é um cara muito profissional, pode nos ensinar.
Você também se identifica com o Rômulo, companheiro de quarto do Fumagalli...
Sou companheiro do Fellipe Bastos. O Rômulo, que é um menino muito bom também, de família, é do Fumagalli. Acabamos nos aproximando pois somos caseiros.
Fumagalli
E essa amizade com o Eder?
Ele é mineiro, mexe com gado, com roça... Eu sou do interior também, meu pai mexe com gado, tenho plantação de limão, cebola e, graças a isso, as famílias se entrosaram. Sempre que podemos, saímos para jantar com as famílias. Com certeza, vamos levar isso até depois de pararmos de jogar.
E dentro de campo, essa parceria vai dar certo?
O Eder é um cara muito inteligente. Ele é matador e espero ajudá-lo. Mas também tem umas vezes que ele dá uma de garçom e espero aproveitar quando surgir a chance.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
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