Flu x Vasco coloca inimigos frente a frente
O clássico de amanhã entre Fluminense e Vasco, no Maracanã, colocará frente a frente não só a rivalidade entre dois dos clubes mais tradicionais do país. Em campo, vestindo a camisa 10, Edílson e Petkovic não são exatamente \"amigos\". Muito pelo contrário. Inimigos declarados desde que jogaram juntos no Flamengo, eles evitaram falar um do outro nesses dias que antecedem o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil. Ontem, nas Laranjeiras, o sérvio-montenegrino nem deu entrevistas. Em São Januário, o Capetinha falou com os repórteres, mas não sobre o desafeto.
Mas não custa lembrar algumas das rusgas históricas dos dois craques. No dia 31 de outubro de 2001, na véspera do jogo com o Independiente, da Argentina, pela Copa Mercosul, os dois protagonizaram mais um round na briga de vaidades que tinha tomado conta da Gávea. Como o jogo seria em Brasília, o Flamengo treinava num clube da cidade. Foi aí que a rixa aumentou. Numa dividida, Edílson atingiu violentamente a perna direita do sérvio-montenegrino. Enquanto Petkovic, caído, massageava a perna, o companheiro saía sem conferir o estrago. Após o treino, Edílson não quis comentar o lance. Petkovic negou-se a dar entrevistas. A ira de Pet, então, foi descontada na torcida. Um garoto perguntou ao jogador se era mesmo verdade que ele e Edílson tinham brigado. A resposta foi grosseira: \"\"E é verdade que você é v...?\"\"
Mais tarde, Edílson admitiu que houve exagero nos bate-bocas. \"\"É difícil todos os jogadores serem amigos, mas tem de haver respeito dentro de campo e com a camisa do time\"\", ressaltou.
No dia 2 de novembro, após o Flamengo ter goleado o Independiente por 4 a 0 e conseguido a classificação para a semifinal da Mercosul, mais um incidente, que deixou clara a rivalidade entre os craques. O time rubro-negro se preparava para um jogo com o Fluminense, pelo Brasileiro, quando o torcedor Cleomar Figueiredo pediu ao sérvio-montenegrino que assinasse uma camiseta. Ao ver que estava escrito \"Edílson 100%\" na camisa, Pet recusou-se a autografá-la.
\"Essa camisa eu não assino\", disse o gringo.
O torcedor não escondeu a decepção: \"Ele não quis autografar a camisa porque não gosta do Edílson.\"
Ao tomar conhecimento do acontecido, o baiano não perdeu a chance de alfinetar o rival: \"Se ele não quis assinar, problema dele. Só acho uma falta de consideração com os torcedores, que têm o mesmo carinho por todos do time.\"
- SuperVasco