FIFA se rende ao talento do vascaíno Dedé, o "Mito"

O zagueiro Dedé chegou ao 12º gol na temporada. Já é o defensor do Vasco que mais vezes balançou a rede desde os anos 60 – somando os dois marcados em 2010, chega a 14. O feito e o excelente momento do camisa 26 fazem dele o principal jogador da posição em atividade no futebol brasileiro. Dedé já havia conseguido seu espaço na seleção de Mano Menezes e agora acaba de despontar em cenário internacional com destaque no site da Fifa.

O texto fala da eficiência do zagueiro quando se lança ao ataque. Uma espécie de crônica simula uma investida vascaína à área adversário, com os torcedores tensos, roendo unha enquanto o zagueiro surge como herói de um time que briga pelo terceiro título na temporada – vencera a Copa do Brasil e luta também pelo Brasileiro e pela Sul-Americana - para marcar o gol da vitória.

“É o melhor zagueiro do Brasil”, grita a torcida. O canto é real . Trata-se da saudação ao jogador, hoje mais prestigiado que os veteranos Juninho Pernambucano e Felipe.

O texto é seguido de uma entrevista com ele ao site da entidade que controla o futebol mundial. O zagueiro fala do faro de gol, lembrando que a vocação de ir à área vem desde as divisões de base.

“Isso de jogar para a frente vem comigo desde os tempos do Volta Redonda”, diz o jogador ao FIFA.com. “No Vasco, comecei a me lançar mais a partir do momento em que conquistei meu espaço. Mas eu costumava subir e, de vez em quando, marcava meus golzinhos no clube que me revelou”, contou.

Dedé está entre os 50 principais goleadores da edição atual do Brasileiro. O que mais chama a atenção é o fato de ser o único defender. Até aqui, balançou a rede seis vezes. Os números já despertam a cobiça do futebol internacional. O jogador fica no Brasil pelo menos até a Libertadores, foi o que afirmou ao iG seu agente, Uburaci Cardoso, o Bira. Dedé, de 23 anos, quer permanecer no Vasco. Mas não esconde que a Europa está em seus planos.

“Acho que, se um dia acontecer de jogar na Europa, vou aprender um pouco mais. Talvez posicionamento ou o contato com jogadores consagrados”, afirma. “O que ouço de muitos zagueiros que já fizeram história no futebol é que conheceram poucos da posição com a minha velocidade. A velocidade, com o passar dos anos, naturalmente diminui, mas, em contrapartida, vou adquirir experiência”.