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Fernando Prass vê Corinthians como uma chance de ouro de encostar no pelotão

O Vasco ainda tem chances matemáticas de atingir a Libertadores da América. Tal meta é dificílima de ser alcançada, pois teriam que ser feitos 24 dos 27 pontos a serem disputados, fazendo com que o Vasco chegasse a 62 pontos e ainda dependesse de combinações matemáticas.

Talvez por isso, o goleiro Fernando Prass, em entrevista ao repórter Rafael Araújo, da Super Rádio Brasil, afirma que quer o Vasco pensando jogo a jogo:

- A gente tem que pensar por etapas. Claro que se a gente tivesse vencido o Grêmio, estaríamos numa situação muito melhor. A gente, ganhando do Corinthians, chega a 41 pontos e fica a 4, 5 pontos do 4º, 5º, 6º colocado. Acho que a gente tem que pensar assim. Faltam dez jogos ainda. A gente pode ficar a 4, 5, 6 pontos do quinto, sexto, até do quarto colocado. Fica muito perto, para um campeonato de três pontos. Acho que é possível a gente com uma vitória contra o Corinthians, entrar de novo na briga para encostar nesse pessoal que está logo acima da gente. Depois, com os resultados, se a gente conseguir encostar neles, a gente vê o que a gente consegue mais para a frente.

O fato de ser uma partida atrasada ajuda ao Vasco?
- Acho que a gente só tem a ganhar. A gente está numa posição, hoje, com um jogo a menos em relação à maioria das equipes, só não Corinthians, Santos e Inter, mas são todas equipes que estão à nossa frente. Acho que a chance que a gente tem é uma chance de ouro, porque todos os times já jogaram, já tiveram seus resultados, e a gente já sabe do que a gente precisa, sabe onde a gente pode chegar com uma vitória. Em termos de posição, a gente não ganha muito, em termos de subir na tabela, mas em termos de projeção para o resto do campeonato, a gente ganha bastante, porque como eu já falei, a gente pode se aproximar a uma distância de três ou quatro pontos de vários colocados, vários concorrentes. Acho que uma vitória é importantíssima, até porque depois a gente sai para jogar em Goiânia. Depois, a gente tem uma sequência de jogos contra equipes que a gente pode considerar clássicos: A gente pega o Flamengo, depois sai para o Barradão, depois pega o Fluminense, São Paulo, Cruzeiro. São jogos contra equipes ou que estão lá embaixo, desesperadas para sair do rebaixamento, ou que estão brigando pelo título. A gente entrando nessa fase com um objetivo muito forte e bem definido, acho que seria importante, também. Tudo isso passa por uma vitória, para diminuir essa distância para o pessoal que está na frente.

Competitividade se torna maior na reta final?
- Sim, porque acaba se perdendo a margem de manobra que tu tem. Vão diminuindo os jogos e os pontos em disputa e vão aumentando os pontos que tu tem que ganhar, para chegar, principalmente os times que estão embaixo, chegar naquele número de 45 pontos, que é com o que o pessoal trabalha para sair do rebaixamento. Acontece isso. Tu vê que tu tem 30 pontos para disputar, tu precisa fazer 15. Depois, tu tem 27, precisa fazer 15. Tem 24, tu precisa fazer 15. As coisas começam a apertar, daí entra aquele clima de ansiedade, de maior preocupação, de cobrança da torcida. Os clubes começam a se fechar e a fazer aqueles famosos pactos e chamar a torcida, porque sabem que não tem mais margem para erro. Começam a ser jogos mais tensos, muito mais nervosos e onde o detalhe pode decidir, porque em jogos com o nível emocional muito grande, a pressão em cima do jogador é muito grande. Daí, acabam acontecendo os erros, por ansidedade, por outros fatores. O time quer errar menos, que tiver mais tranquilidade para enfrentar essa fase final do campeonato pode ter um diferencial.

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