Futebol

Fernando Prass recusa sondagens e se torna "dono do gol" no Vasco

\"Agarra demais! A muralha da Colina se chama Fernando Prass!\". Saudado pela torcida com este grito cada vez que entra em campo, o goleiro do Vasco já é unanimidade. Em pouco mais de seis meses, não deu chance para Tiago recuperar sua vaga e vira o ano certo na meta, algo raro de ocorrer no clube.

Em sequência, Carlos Germano, durante muito tempo, Hélton e Fábio dominaram a camisa 1 até 2004. A partir daí, porém, houve uma crise de identidade no uniforme, que rodou por 13 goleiros. Embora Cássio e Roberto tenham feito mais de 50 partidas cada, nunca convenceram, de fato, os cruzmaltinos.

Houve, ainda, aqueles nomes remotos, como o sérvio Tadic, o baixinho Erivélton e Elinton, amigo de Romário, que dava as cartas.

Por isso tudo, a pinta de ídolo ainda é vista com cautela, até pelo próprio Prass, que sabe como o futebol é volúvel, sobretudo hoje em dia.

Pela dimensão do clube, tudo se potencializa. Tenho consciência disso. E isso vale para o lado negativo, também. Se não mantiver a regularidade, que vejo ser meu ponto forte, tudo desmorona reconhece ele, do alto de seus 31 anos de experiência:

Sempre fui um cara esclarecido, e no Vila Nova, há dez anos, me sentia pronto para jogar. Mas resolveram trazer um goleiro com experiência. Aquilo me indignou muito e atrapalhou. Depois, vi que tinham certa razão. No Coritiba, entre 2002 e 2005, tive desempenho excelente.

Se o Vasco alcançar a fase final da Taça Guanabara, Fernando Prass chegará a 50 jogos pelo time da Colina, motivo de orgulho, apesar de a marca já ter sido ultrapassada por outros três clubes na carreira.

Não gosto de trocar. Faz mal até à família. Por isso, recusei as sondagens que tive avisou o quase-ídolo.

Fonte: Globo Online