Futebol

Fernando Prass pede profissionalização da arbitragem

O lance que decidiu a vitória do Fluminense sobre o Vasco ainda repercute em São Januário. O goleiro Fernando Prass lamentou a maneira como sofreu o gol de falta de Thiago Neves, em que a barreira foi deslocada por um empurrão de Edinho em Jonas. Ainda assim, apesar do suposto erro, o camisa 1 não compartilha do pensamento geral no clube, que vai registrar um protesto na CBF contra o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Para ele, o caminho é a tão discutida profissionalização da categoria que vai finalmente amenizar o problema.

- Não podemos querer nos esconder atrás de erros de arbitragem e também não dá para dizer que o que aconteceu não influenciou no resultaso. É unjustiça jogar a responsabilidade no árbitro. O Vasco vai entrar com essa representação, mas, se formos ver, teve o caso do Santos x Corinthians (auxiliar foi suspenso por erro grave em impedimento), teve outro aqui, outro lá. Não sei se afastar o Marcelo vai ser a solução. No próximo jogo, quem errar também vai ser punido? Não é por aí. O problema não está em punir os que erram. Tem que atacar o que está causando isso. É consenso que o setor precisa ser profissionalizado, todos falam e sabem disso. Jogadores, vocês (jornalistas), tudo o que envolve o futebol hoje é assim. Ninguém muda isso, não há atitude. Eles precisam de mais condições de trabalho, um acompanhamento físico e psicológico para focar só no jogo, e não ver como um complemento para o outro emprego - argumentou Fernando Prass.

Além da jogada em questão, o Vasco reclama de um pênalti não marcado, quando Carlinhos cortou a bola com a mão. Ainda sobre a falta, porém, o goleiro reclama da quantidade de pessoas capazes de interferir em uma bola parada e que não se manifestaram.

- Foi um clássico equilibrado, os dois tiveram chances de vencer. No detalhe, tendeu para o lado do Fluminense. Se tivesse sido empate ou nós tivéssemos vencido, não seria anormal pelo que se apresentou na partida. O que incomoda é a forma como saiu o gol. A minha impressão era que a bola tivesse passado pelo meio da barreira. Depois é que o Jonas falou, e eu vi pela televisão. Fica na mão da arbitragem interpretar de uma maneira ou de outra. Havia o auxiliar e o árbitro adicional também para marcar e ninguém viu. Esse lance me deixou mais revoltado - confessou.

Fonte: ge