Feminino: Como o Vasco pretende incluir o futebol feminino na SAF
Dentro das políticas de igualdade de gênero no futebol, que começaram com as alterações nas regras da Fifa e das confederações filiadas, a lei brasileira da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) também nasceu com o carimbo dessa busca pela equidade, contida no primeiro artigo que prevê fomento e formação da modalidade tanto masculina quanto feminina. Porém, apesar da iminente chegada dos investidores nos clubes brasileiros, como Botafogo e Vasco, pouco se fala e se sabe dos investimentos nas mulheres.
— A SAF é a forma jurídica da exploração do futebol. Os investidores terão de aplicar recursos nas duas categorias sob pena de responsabilização da gestão. Esse orçamento será exigido dos gestores das SAFs — conta Mauricio Moreira Menezes, sócio de um escritório especializado na área de direito empresarial.
Apesar da obrigatoriedade, tanto Botafogo e Vasco não têm planos totalmente definidos para o futebol feminino dentro do projeto SAF. Ambos os clubes estão na segunda divisão do Brasileiro da categoria, que começa em maio, e reforçaram seus elencos de olho na Série A, que obriga a assinatura de contratos profissional de todas as atletas.
O Botafogo argumenta que como está no início da nova gestão, com a “Era Textor”, o projeto para o feminino ainda está embrionário. Não se sabe, por exemplo, se haverá intercâmbio de jogadoras entre os times de Textor — o Crystal Palace também tem futebol feminino.
Até o momento, a principal ação adotada foi a divulgação de anúncios das contratações nas redes do clube, como Geovana, lateral-direita vinda do Grêmio, Luana, lateral-esquerda com passagem no Vasco, e Miriam, ex-Avaí Kindermann.
Autossuficiência
O Vasco ainda aguarda a assinatura com a 777, e ainda não há planos detalhados de como os investimentos serão feitos no feminino.
O clube, no entanto, adota, atualmente adota modelo de autossuficiência para a modalidade. Para esta temporada, ainda com gestão própria, o Vasco anunciou seus primeiros dois patrocinadores exclusivos e negocia com mais alguns, em estágio avançado. Esses investimentos vão permitir um aumento de investimento de cerca de 100% na folha salarial, trouxeram a ex-jogadora Pretinha, agora auxiliar técnica, e serviram para quitar as dívidas com jogadoras e funcionárias, sem precisar do empréstimo do futuro investidor.
—Temos trabalhado muito para desenvolver os melhores modelos que atendam às necessidades das atletas e às expectativas da torcida vascaína. Esperamos divulgar os detalhes o mais rápido possível — afirmou José Cândido Bulhões, vice-presidente jurídico do Vasco.
A chegada da SAF abrangendo as duas modalidades, porém, não é garantia absoluta de um maior investimento no feminino. Desde novembro investindo no Wakefield Trinity Ladies Football Club, clube de futebol feminino que ocupa a quinta divisão inglesa, o empresário brasileiro Guilherme Decca afirma, que, mesmo na Inglaterra onde quase todos os clubes são empresa, há resistência de negócio no esporte das mulheres. Ele também é o CEO do braço masculino, que está na 11ª divisão:
— Aonde ninguém quer ir é a melhor oportunidade. Como CEO do clube, a oportunidade de negócio no feminino, hoje, é muito mais rentável — diz.
Fonte: O GloboMais Lidas
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