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Felipe cogita carreira como técnico ao lado de Pedrinho

Além dos principais títulos da história do Vasco, o aposentado Felipe, de 38 anos, jogador mais vitorioso do clube, colecionou também problemas. Em entrevista veiculada nesta quinta-feira no Facebook do Jornal Extra, o ex-lateral não poupou Roberto Dinamite, ao lembrar o fim de seu ciclo em São Januário.

- Ele não honrou sua palavra. Disse uma coisa e fez outra - criticou Felipe.

O ídolo do Vasco refere-se à rescisão de seu contrato após questionar, no fim de 2012, a contratação do então diretor René Simões. Felipe caiu em desgraça com o ex-dirigente e teve de Robeto, presidente do clube àquela época, a promessa de que voltaria a jogar.

- Foi uma burrice (a rescisão). Eu tinha um ano de contrato, e o Vasco aumentou a dívida. Fui na casa do Roberto explicar a situação. Ele disse: "Fica tranquilo. Você vai voltar a treinar" - lembrou o ex-lateral, cobrando quase três anos depois, a promessa não cumprida.

De René, não ficou mágoa. Apenas indiferença:

- René mora no meu condomínio. A gente nunca se esbarrou. O Vasco já tinha o Ricardo Gomes e o Daniel Freitas. Pra que contratar mais um diretor? Não sei o que passou na cabeça do Roberto Dinamite, que era o presidente. Se você buscar o histórico do René, acho que ele gosta de aparecer em cima das pessoas que têm nome. Se não me engano, ele falou do Neymar, no Santos... Disse que estavam criando um monstro. Tenho até que agradecer a ele porque fiquei com dois salários: do Vasco e do Fluminense - destacou, referindo-se à sua mudança para o Tricolor, mesmo com vencimentos pagos pelo Cruz-maltino.

Além de algumas poucas recordações amargas, o Vasco deu a Felipe uma amizade que já dura mais de 30 anos: Pedrinho, ao lado de quem o ex-lateral planeja, num futuro próximo, assumir o comando de um time de futebol.

- Fizemos uma parceria dentro de campo. Desde os 6 anos a gente se atura. A gente vai fazer essa parceria também fora - revelou Felipe.

Pedrinho é auxiliar de Deivid no Cruzeiro e frequentou com Felipe o curso de treinadores da CBF. Falta ainda um módulo para a dupla finalmente realizar o sonho.

- A princípio, eu seria o treinador, e ele, meu auxiliar. Mas se ele quiser ser o treinador, não tem vaidade nenhuma. A parceria da gente deu muito certo dentro de campo. Não vai ter problema. Pedrinho pode assinar (a súmula) - disse Felipe.

Além da amizade com Pedrinho, o Vasco deu ao ex-lateral o treinador mais importante de sua carreira: Antônio Lopes. Mas, na prática, nem todos os métodos do mestre serão seguidos pelo técnico Felipe.

- Não vou ser um treinador chato. Uma preleção não pode passar de 50 minutos porque o jogador não presta atenção. Passou de 25 minutos, fica complicado. A preleção do Lopes demorava muito. Mas ele era muito bom na bola parada. Muito exigente. Me ajudou muito, tecnicamente - destacou Felipe. 
 

Fonte: Extra Online