Futebol

Ex-atacante vascaíno se envolve em confusão no Ceará

O jogador de futebol, Mário Jardel Almeida Ribeiro, o Jardel, de 33 anos, agrediu com socos o caseiro Expedito Mauro Freire, de 49 anos, que trabalha há mais de três anos na sua residência, localizada nas Dunas, no bairro Praia do Futuro. A agressão continuou pelas mãos do segurança do jogador, identificado apenas como tenente Albuquerque.

O policial, que fazia um serviço extra, chegou a dar uma gravata (golpe que imobiliza a vítima) e coronhadas com um revólver na cabeça do caseiro. Expedito desmaiou. Segundo exames do tórax e da cabeça realizados no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Expedito sofreu traumatismo craniano com perda de tecido ósseo.

O caseiro está internado, medicado e em observação, no Instituto Doutor José Frota (IJF) e deve passar por uma cirurgia. Jardel, que já jogou pela seleção brasileira, poderá ser indiciado por tentativa de homicídio. A vítima fez um boletim de ocorrência e o caso será investigado pelo 9º distrito policial. Expedito contou à polícia que enquanto apanhava do segurança, Jardel assistia e incitava o policial:

- Mata esse f.d.p - teria dito o jogador, segundo relatos do próprio caseiro.

Depois de passar uma temporada em Portugal, Jardel está atuando no Anorthosis Famagusta FC, do Chipre.

O motivo do desentendimento foi banal. Jardel irritou-se com o fato de Expedito ter demorado a retornar do supermercado na noite de quarta-feira. O filho do jogador teria presenciado a violência. Além dos exames, o caseiro fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

De acordo com seu advogado, Samuel de Oliveira Abath, essa não teria sido a primeira vez que Jardel agredia o caseiro. O jogador - que já atuou no Vasco e no Grêmio de Porto Alegre - passa férias em Fortaleza, onde nasceu. Há cerca de um mês, casou pela segunda vez durante cerimônia realizada em um hotel na capital cearense.

O delegado Sidney Ribeiro, do 9º distrito policial, disse que o prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias. Segundo ele, é preciso investigar para individualizar a responsabilidade de cada agressor.

Fonte: O Globo