Eurico e diretoria ainda podem ser destituídos do Vasco
A venda de ingressos para Vasco x Fluminense, disputado no último dia 17 de maio, virou briga política no clube de São Januário. Na última quarta-feira, a atual diretoria do clube chegou a ser destituída por ordem da Justiça.
Em ação do Ministério Público, uma liminar derrubou o presidente Eurico Miranda e seus dirigentes. A denúncia contra os vascaínos deveu-se à venda de ingressos para o clássico, que teria acontecido em apenas três locais - o Estatuto do Torcedor exige cinco.
No entanto, o departamento jurídico do Vasco precisou de pouco tempo para reverter a situação - na madrugada de quinta a liminar foi cassada. \"Não há nenhuma possibilidade de o presidente ser destituído\", afirmou nesta sexta Paulo Reis, diretor jurídico do Vasco.
Reis, na última quinta-feira, acusou a oposição vascaína de ter usado laranjas para tumultuar o ambiente no clube. \"Confirmo. Isso é coisa do Muv\", continuou, referindo-se ao Movimento Unido Vascaíno, grupo contrário à atual administração.
O movimento oposicionista, porém, negou qualquer participação na ação do Ministério Público. \"O Muv ficou sabendo disso pelos jornais\", declarou Luiz Américo Chaves, diretor jurídico do grupo de oposição.
No final da tarde, o grupo também divulgou uma mensagem oficial. \"O Movimento Unido Vascaíno não tem nenhuma participação na ação promovida pelo Ministério Público Estadual e outros, contra o Club de Regatas Vasco da Gama, com base em transgressões ao Estatuto do Torcedor. É o atual Presidente do clube que está sendo processado pelo Ministério Público Federal por fazer uso de laranjas (funcionários do clube) para esconder movimentações financeiras fraudulentas\", comunicou.
Segundo Rodrigo Terra, promotor do MP do Rio de Janeiro, a ouvidoria da CBF foi a principal fonte para a ação. \"O sistema recebeu 88 reclamações de torcedores alegando que só havia três postos de venda, sendo que dois eram de posse do Vasco. Paralelamente, a imprensa publicou antes do jogo a mesma questão\", disse ao Pelé.Net.
No entanto, nomes ligados ao grupo de oposição foram indicados pelo promotor caso a atual diretoria fosse mesmo destituída. \"Nós sugerimos nomes de longa data ligados à história do clube, do conselho de beneméritos\", explicou Terra.
\"São nomes que estão acima da briga política, pessoas altamente capacitadas nas suas funções\", continuou o promotor, citando Benjamin Nazário Fernandes e José Pinto Monteiro. \"Óbvio que ele não podia nomear interventores ligados ao Eurico\", argumentou Luiz Américo.
Já Paulo Reis, da situação vascaína, negou-se a comentar os nomes dos possíveis interventores. \"Eu não quero falar sobre isso, não quero perder meu tempo falando sobre o MUV\", encerrou.
Ação prossegue
Apesar de a liminar ter sido cassada, a ação contra a atual diretoria vascaína prossegue. \"Quando o desembargador receber o caso, ele tem que examinar se a decisão é correta. Ele examinará o caso e manterá ou não a decisão\", explicou Rodrigo Terra. \"Acredito que a decisão só sairá na semana que vem\", encerrou.
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