Política

Eurico classifica como golpe prorrogação dos mandatos no Vasco

Em reunião que terminou na madrugada de quinta para sexta-feira, na Sede Náutica da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, o Conselho Deliberativo do Vasco aprovou, por 116 votos a favor e 79 contra, a prorrogação do mandato do presidente Roberto Dinamite do dia 1 de julho até a posse da nova diretoria, após as eleições do dia 2 de agosto. A prorrogação também é válida para o presidente do Conselho Deliberativo, José Carlos Osório, do Conselho Fiscal, Hércules Figueiredo, da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho e para os membros do Deliberativo.

A oposição do clube, porém, afirma que a decisão não tem validade legal, uma vez que não houve convocação específica do Conselho Deliberativo para votar uma emenda estatuária – neste caso, a prorrogação dos atuais mandatos – e que a votação precisaria passar pelo cr vo de dois terços do Conselho, formado por 300 membros eleitos.

– Isso aqui e nada é a mesma coisa. Tentei trazer uma sugestão de consenso, mas autoprorrogaram os próprios mandatos. Agora acho que é a Justiça quem deve decidir isso – afirmou Eurico Miranda, presidente do Conselho de Beneméritos, que classificou ainda a prorrogação do mandato como um golpe:

– O que aconteceu foi um golpe. Como se prorroga o próprio mandato? Tenho certeza que isso vai acabar na Justiça. E quem perde com isso tudo é o Vasco.

Para José Carlos Osório, presidente do Conselho e responsável pela convocação do órgão, tudo aconteceu de acordo com o estatuto:

– Não é nenhuma reforma estatutária. É um caso não previsto em estatuto, que é a vacância de poder. Então, se configurou num caso omisso que o Conselho votou e aprovou por maioria simples. Agora, recorrer à Justiça é um direito de todos.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance