Futebol

Estadual de 2010 terá tempo técnico

O Campeonato Carioca do ano que vem ainda está longe, mas ele pode ter mais uma novidade na arbitragem. Depois dos árbitros atrás dos gols, que até a Fifa já pensa em utilizar depois dos acontecimentos na Copa das Confederações, o presidente da Coaf, Jorge Rabello, decidiu utilizar o tempo técnico obrigatório, um em cada etapa do jogo.

A novidade foi anunciada ontem durante o simpósio das Séries B e C do Rio, que começam ainda este mês. Essas duas competições vão servir de laboratório para testar o tempo técnico. Se for aprovado, será colocado no regulamento da Série A no ano que vem.

– Conversei com muita gente sobre isso, inclusive técnicos de renome, e todos me disseram que a ideia era excelente – comentou Rabello, que entregou para cada representante de clube um CD com as recomendações feitas aos árbitros na condução dos jogos das Séries B e C.

O tempo será concedido a partir dos 20 minutos de cada etapa, na primeira paralisação da bola, como numa cobrança de lateral, uma marcação de falta ou impedimento.

O técnico poderá conversar durante dois minutos em sua área técnica com o time.

Os reservas também poderão participar, assim como acontece no basquete e no vôlei.

Enquanto isso, o cronômetro estará parado. Portanto, não haverá a necessidade de acréscimo no tempo para repor os dois minutos.

– Convidei os técnicos de todos os times para uma reunião na semana passada. Só cinco vieram.

Alguns disseram que já começariam a trabalhar de forma diferente pensando no tempo técnico – revelou Rabello.

Tolerância zero
Os dirigentes decidiram apertar o cerco aos clubes nas duas divisões. Na apresentação de pouco mais de quatro horas, ontem, na sede da Federação, os representantes dos participantes foram informados sobre a obrigação de fornecer um serviço de atendimento ao torcedor (SAT) nos dias dos jogos, com um local ou sala específico. A pena para o não cumprimento é o cancelamento do jogo, com o mandante sendo considerado perdedor por 3 a 0.

A mesma pena será imposta para o clube que não cumprir as regulamentações estabelecidas pelo Estatuto do Torcedor com relação à presença de uma ambulância para cada 10 mil pessoas de capacidade, com a presença de médicos e enfermeiros devidamente registrados.

O delegado do jogo é o responsável por verificar essas questões.

Fonte: Jornal do Brasil