Entrevista de Roberto Dinamite ao Lance! e resposta aos internautas
O presidente vascaíno, Roberto Dinamite, esteve ontem no LANCE! na Rede, programa da TV LANCE!, e comentou sobre a atual situação do Vasco. Mais cedo, o mandatário estivera no Vasco-Barra com mais cinco vice-presidentes para mais uma conversa com os jogadores. O objetivo, como tem acontecido ultimamente, é levantar o ânimo para a difícil batalha de livrar o time do rebaixamento. Confira abaixo alguns trechos da presença de Dinamite no LANCE! na Rede.
ESPERANÇA
A esperança existe, claro. Não vamos deixar passá-la em nossa porta e não agarrar. Temos dez jogos para buscar o resultado que interessa. Hoje ainda depende do Vasco. A torcida foi convocada no último jogo e compareceu. Estamos tentando mostrar isso agora aos jogadores. Mas não adianta simplesmente abrir a cabeça do cara e colocar isso lá. Tem de querer, haver reciprocidade.
CONVERSA COM JOGADORES
Fui com meus vice-presidentes para demonstrar apoio. A receita para sair dessa situação é mais determinação, mais vontade. Temos de pensar em etapas e agora é o jogo contra o Sport.
ABATIMENTO DE RENATO GAÚCHO COM A DERROTA DIANTE DO FIGUEIRENSE
Entendo a postura do Renato, mas a gente tem de ir para cima, tem de levantar, ele é o comandante. A fisionomia dele é de uma pessoa que ficou chateada com o resultado. Mas ele está numa posição em que precisamos não só motivar, mas levantar a moral desses jogadores. Elestêm de estar abertos para isso também. É o que falei: já ganhei jogos com times inferiores porque tínhamos uma meta.
ESPÍRITO DO GRUPO
O espírito deve ser um só, conscientizado com o que ocorreu em campo, que foi ruim. Todos devem estar chateados com isso. Mas não é só no Vasco. Essa geração atual, como se diz na gíria, não estámuito ligada no resultado adverso. Nós vamos cobrar atitude do jogador dentro do campo e no dia-a-dia. Se você tem o mesmo comportamento antes e após o jogo, alguma coisa está errada. Temos de achar algum caminho. E ter a humildade de saber que foi ruim o que aconteceu.
COBRANÇA
A instituição vai continuar e eles (jogadores) estão aqui. A grande maioria precisa se firmar e demonstrar isso dentro do campo. Mesmo na dificuldade, é uma oportunidade de se superar e resgatar o que o torcedor quer. Nada mais do que ficar na Primeira Divisão. Isso é pouco para quem defende um clube da grandeza do Vasco. Vamos cobrar, sim, porque não vamos aceitar isso. Futebol é tão indefinido em relação a um resultado, um gol e temos de ter esse espírito vencedor.
PROBLEMA TÉCNICO OU DE MOTIVAÇÃO?
As duas coisas estão associadas. A parte técnica vai melhorar a partir do momento que o emocional estiver mais forte. Hoje, o fator princpal é o emocional do time. Vou falar que o time do Vasco é excepcional? Não. Mas que é ruim? Também não. Com o plantel que o Vasco tem não deveria estar nessa colocação, sabemos disso. O que desequilibra muito o nosso time é a parte emocional. Mas para motivar alguém você precisa que esse alguém queira receber. Foi como no jogo de sábado. Correu, foi atrás e tomou um gol, desanimou. Não pode. Você tem mais tempo para correr atrás.
PLANEJAMENTO PARA O CASO DE REBAIXAMENTO
Não fizemos. Não passa por nossa cabeça. Vamos trabalhar, como falei, jogo a jogo. Temos o Sport, depois o Flamengo...é pensar nisso. Melhorar aqui e ali. Precisamos ter essa motivação e ela será colocada em prática. Não adianta reunir, todo mundo se animar e quando você entra em campo há uma desatenção, um detalhe. Não projetamos nada em relação a rebaixamento, mas, sim, em estar na Primeira Divisão.
NECESSÁRIO CAIR PARA REESTRUTURAR O CLUBE?
Queremos reconstruir, mas não na Segunda Divisão. Não interessa, não é exemplo positivo. Vamos trabalhar até o último momento, etapa por etapa, jogo por jogo para sairmos disso. Respeito a posição dos matemáticos, da imprensa, mas nós não podemos aceitar ou admitir isso. Volto a repetir, o Vasco tem plantel para estar nessa Primeira Divisão e numa posição em cima da tabela. Trabalharei até o fim para manter o time na elite.
OFENSIVIDADE CONTRA O FIGUEIRENSE
(O time) Jogou aberto. Mas se você tem peças para usar e se perdeu a bola todo mundo irá marcar, é independente de jogar aberto ou não. Todos os que estão na parte de cima da tabela jogam fechados e saem em contra-ataque. Nenhum deles toma a iniciativa. Joga no erro. O Vasco tem de arriscar, mas não arriscar demais. Temos de ir no erro dos caras. Temos um treinador que é bom, com autonomia para fazer o que quiser. Mas vimos pela escalação que o time é ofensivo.
ARREPENDE-SE DE NÃO TER TRAZIDO UM GRANDE JOGADOR
Já existia um vazio em relação ao que o clube poderia cumprir. Tentou-se trazer um jogador em um primeiro momento. A pedido do Lopes, o Roque Júnior. O Vasco não o trouxe porque não poderia arcar com um salário de mais de R$ 150 mil para quem não jogava há uns cinco meses. Hoje não tem como buscar mais atletas, é esse o plantel. Existe um pensamento, claro: no ano que vem ter uma equipe muito mais competitiva, mais forte. Mas agora vamos focar no que podemos fazer para nos tirar dessa situação.
Através do LANCENET!, os torcedores vascaínos puderam mandar algumas perguntas para Roberto Dinamite e participar da entrevista. Abaixo, algumas perguntas selecionadas e que foram respondidas pelo maior ídolo da história do Vasco.
Anderson Santos: Você acha que foi abandonado após a eleição do Vasco por quem sempre garantiu lhe dar apoio?
Não, claro que não. Estão todos juntos, seja no momento da eleição ou pós-eleição. Tivemos nesta segunda-feira uma reunião com os jogadores na qual eu e cinco vice-presidentes estiveram presentes. Claro que o clube precisa caminhar em sua parte administrativa. Existe uma vontade muito grande.
Leandro Cardoso: Você o maior ídolo do Vasco. Por que arriscar a credibilidade e ser presidente?
Hoje sou presidente porque 90% dos vascaínos me pediram. Sabia de parte das dificuldades em relação ao futebol, mas encontramos um pouco mais. Vamos dar o apoio necessário nesse momento, até um pouco mais. Para mim, o mais difícil nessa administração é estar ali sentado, não poder jogar e ver que o resultado não está vindo.
Saulo Castro de Mattos Sousa: Presidente, por que não coloca o Phillippe Coutinho e a garotada para jogar?
Renato já utiliza o Phillippe Coutinho nos treinamentos e ele demonstra talento. Mas tem 16 para 17 anos e não pode ser jogado numa fogueira. Mas é uma boa sugestão. Se você for pegar o jogo em que o Vasco teve boa atuação foi contra o Palmeiras, quando o time considerado titular ficou treinando e houve uma vitória por 3 a 1. Já até comentei isso. Hoje há uma reformulação muito grande nas categorias de base do Vasco.
Elson Peixoto Devay de Souza: O que você acha das constantes mudanças na escalação do time?
Tivemos um período com um treinador que estava ali há algum tempo, o (Antônio) Lopes. Ele deu continuidade, mas o resultado não aconteceu. Os grandes treinadores estavam empregados. Então você tinha de apostar em alguém e apostei no Tita. Ele fez algumas mudanças. E não deu certo. Agora estamos com o Renato, que tem uma identificação com o clube. Claro que há uma troca grande. Mas em momento algum interferi com Lopes, Tita ou Renato em escalação ou contratação de jogadores que não fossem do interesse deles.
Sérgio Salles Navarro: Por que você liberou jogadores como Morais e Jean do clube?
Morais tem talento, mas quando um jogador chega para o dirigente e diz que não tem mais condições de jogar no clube fica difícil. Aí ele some, sai da concentração e você não o encontra. Faz o quê? Coloca a polícia atrás do jogador? O atleta tem de ter consciência do que representa pelo clube. O Jean teve problemas particulares e não estava em condição de jogar. O clube não poderia arcar compromissos e não aproveitar os jogadores.
Gerson Ricardo Freitas: Não seria a hora de afastar o Edmundo?
A situação do Edmundo é muito delicada. É um jogador polêmico em alguns pontos, mas que tem um carinho, uma identificação com o clube. No momento que vivemos, afastar o jogador porque ele não está atuando bem não é o caminho. Essa parte também vai pela linha do treinador, o que ele deseja. Tem algumas coisas que nós concordamos, outras que discordamos, até em relação ao Edmundo. Mas ele quer dar sua contribuição por ser vascaíno e às vezes até extrapola o pouco em algumas declarações, mas logo depois se arrepende.
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