Entenda o novo atrito entre diretoria do Vasco e oposição
A proximidade da data que deverá ser de corte para que associados possam participar da próxima eleição do Vasco acirra os ânimos entre a diretoria do clube e grupos de oposição. Adversários políticos de Alexandre Campello ganharam o reforço do presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, que cobrou publicamente o dirigente alegando "sonegação de informações" referentes ao cadastro de sócios do clube.
De acordo com Mussa, a diretoria administrativa não atendeu aos pedidos da Assembleia Geral, nos dias 24 de junho e 15 de agosto, para que o clube disponibilizasse a lista de sócios votantes. Grupos como a "Sempre Vasco", de oposição a Campello, têm protestado frequentemente pela falta da lista.
Aumenta o tom de reclamação o fato de que essa lista de sócios pode interferir numa votação na Assembleia Geral para definir se o Vasco adotará eleição direta para presidente, caso a questão seja aprovada na votação no Conselho Deliberativo. A pauta será votada em 8 de novembro e a "Sempre Vasco" tem interesse direto na questão, já que se posiciona como a favor mudança no sistema eleitoral do clube.
Os meses de julho e agosto são importantes porque somente quem se tornou estatutário até este período terá condição de votar na eleição de 2020. Como tradicionalmente acontece, há um aumento expressivo na quantidade de novos sócios ou então antigos tentando normalizar o pagamento. A chegada irregular de novos sócios, que ficou conhecida como "mensalão" nas duas últimas eleições do clube, e que ocasionou a anulação de votos no pleito passado - caso da urna 7 -, deixa tanto situação quanto oposição de guarda alta.
A diretoria do clube afirma que é justamente para evitar que novos problemas se repitam que tem passado o pente fino nas fichas dos novos associados. E que este processo tem ocasionado a demora para que a adesão destes novos sócios estatutários aconteça. De qualquer maneira, prometeu que o processo das novas adesões deverão andar a partir dessa semana.
As diferentes correntes políticas do Vasco fizeram campanhas a adesão de novos sócios para o clube desde o começo do ano, de olho na eleição de 2020. Até o momento, alguns nomes se projetam como candidatos. O advogado Luiz Roberto Leven Siano é quem está mais diretamente em campanha. O presidente Alexandre Campello cogita tentar a reeleição, mas ainda não definiu a questão. Júlio Brant deverá vir como candidato novamente. Luis Manuel Fernandes, ex-presidente da Assembleia Geral, também está bem cotado para concorrer.
Fred Lopes, ex-vice-presidente de futebol da gestão Campello e ex-membro da "Identidade Vasco", também postula uma candidatura para comandar o clube. O grupo, por sinal, apesar de numeroso, não deve ter candidato próprio e ainda formula apoio a um dos nomes que devem vir de frente.