Eduardo Costa quer o Vasco neutralizando o toque de bola do Inter
Sempre que o assunto liderança entra em pauta em São Januário, o técnico do Vasco, Cristóvão Borges, adota o mesmo discurso: adverte os jogadores que, depois do esforço para conquistá-la, todos devem se desdobrar para valorizá-la, independentemente de quantas rodadas faltem para o término do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, às 16h, contra o Inter, no Beira-Rio, é o mínimo que o treinador espera do time, que não terá a movimentação e a bola parada sempre eficaz, por vezes mortífera, de Juninho Pernambucano, mas contará com a precisão milimétrica, em alguns momentos decisiva, dos passes de Felipe, que reaparece após quase dois meses parado por conta de uma artroscopia no joelho.
- Juninho e Felipe têm algumas características semelhantes, como a experiência e o bom toque de bola, que dão equilíbrio ao time. Se perdemos movimentação no meio sem o Juninho, ganhamos o passe final do Felipe - afirmou Cristóvão. - Esperamos nos impor como em outras partidas.
Confiança no conjunto
Após empatar com o Corinthians depois de estar duas vezes à frente do placar, o Vasco defende novamente a ponta da tabela sem jogadores importantes, e contra um time que luta para provar a si mesmo que ainda tem forças para brigar pelo título. Nesse caso, uma vitória esta tarde é imprenscindível. O desafio do técnico Dorival Júnior, porém, é buscá-la sem seu principal jogador, Leandro Damião, que está machucado. Já Cristóvão será obrigado a fazer mais modificações. Além de Juninho, não terá Dedé, na seleção brasileira, e promoverá a volta de Alecsandro no lugar de Élton, suspenso. Apesar das características mudarem, a estratégia é a de sempre: adaptar as novidades à força do conjunto.
- Se estamos na condição de líderes do campeonato, é por conta da nossa força coletiva - disse o treinador. - Jogamos bem quando somos lúcidos e botamos a bola no chão. Mas também temos variações, como a velocidade pelos lados e triangulações.
O volante Eduardo Costa, que despontou no futebol brasileiro jogando pelo Grêmio, dá a receita para o Vasco fazer um bom jogo em Porto Alegre: manter-se bem posicionado no campo de defesa para neutralizar o bom toque de bola do Inter e, a partir daí, armar seu jogo. A tática remete a partidas em que, segundo ele, o time foi quase perfeito: nas vitórias por goleada sobre o Cruzeiro, em Sete Lagoas, e Grêmio, no Rio.
- Sem dúvidas, aquelas partidas são modelos que temos de repetir - afirmou. - Até porque a qualidade dos dois times é parecida com a do Inter. Temos de valorizar a bola e aproveitar as chances.
Embora o Inter precise mais da vitória do que o Vasco, Cristóvão e os jogadores já conversaram que esperar o adversário ir à frente para contra-atacá-lo pode ser uma estratégia bastante perigosa.
- Esperar uma equipe forte, com mando de campo, não é boa ideia, não - lembrou Éder Luís. - Aos poucos, vamos aprendendo a jogar com a liderança. Até lá, temos de estar sempre ligados.
Internacional x Vasco
Local: Beira-Rio
Data: 09/10, às 16h
Juiz: Alicio Pena Júnior
Inter: Muriel, Nei, Rodrigo Moledo, Juan e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho, Ilsinho (João Paulo) e D\"Alessandro; Jô.
Vasco: Fernando Prass, Fágner, Victor Ramos (Nilton ou Douglas), Renato Silva e Jumar; Rômulo, Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza; Éder Luís e Alecsandro.