Edmundo pode desistir de aposentadoria se Vasco for à Libertadores
O atacante Edmundo anunciou que encerrará a sua carreira como jogador profissional ao término do seu contrato com o Vasco, no dia 20 de janeiro de 2009, independentemente do Gigante da Colina se classificar para a próxima Copa Libertadores da América. Luiz Roberto Leven Siano, advogado do Animal, acredita que o jogador possa mudar de idéia.
"É possível, claro. Se ele tiver uma motivação extra de o Vasco disputar uma Libertadores e, quem sabe, chegar novamente em um Campeonato Mundial Interclubes, sem dúvida, é uma motivação que para a carreira dele é bastante possível que ele repense. Agora, essa é uma decisão muito particular. Acho que a decisão de parar, de um atleta profissional, é muito particular, principalmente de um atleta que alçou a condição de ídolo e diferente de alguns outros nessa mesma condição, faz questão de se concentrar e treinar. Alguns que alçam essa condição muitas vezes se consideram especiais demais para poder seguir a programação da comissão técnica. O Edmundo é um atleta que, a despeito dessa condição de ídolo, tem essa qualidade de realmente se dedicar aos treinos e à concentração da maneira como toda comissão técnica exige, igual a qualquer outro jogador. É claro que nos últimos tempos eles está sendo poupado, até porque as pernas não agüentam, e prefere estar jogando uma vez por semana para poder dar o seu melhor. Isso está funcionando também. Você vê que toda aquela harmonia entre comissão técnica, diretoria e atleta é importante porque talvez se o atleta estivesse sendo exigido de atuar duas vezes por semana, não conseguisse render o seu melhor potencial, principalmente por conta da idade. E talvez também esteja rendendo bem pelo fato de estar tendo um calendário um pouco mais suave do que esse que é imposto pelo calendário do futebol brasileiro. Acho que esses fatores todos auxiliam no sentido de ele ter uma produtividade melhor. Essa compreensão que está tendo de todos os lados, no sentido de fazer o melhor para o clube. Não vejo que seja uma impossibilidade. É claro que é uma coisa muito particular. Realmente é muito cansativo a vida de atleta, porque o espectador, ouvinte em geral sabe do atleta no dia do jogo, mas não é só o dia do jogo que é um dia de trabalho. Pelo contrário, para chegar bem no dia do jogo tem que haver toda uma preparação, tempo de treinamento e concentração, que nesse calendário apertado, como é o do futebol nacional, se exige realmente muito da vida pessoal do atleta profissional. Mas é claro que se houver uma motivação extra, a gente conversa. Quem sabe ali a gente vai conversando aos pouquinhos, mostrando a ele que talvez tenha o que dar a mais, e ele se motiva a trabalhar mais um tempo", disse ao repórter Wilson Pimentel, no programa "Momento Esportivo", da Rádio Brasil.