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Diretoria e Junta de transição terão que se manifestar sobre processo

Depois de quase um mês com o processo que pode decidir a manutenção ou interrupção do mandato de Dinamite em mãos, o desembargador Camilo Rulière pediu uma nova manifestação do Vasco para os próximos cinco dias. A decisão, do fim da semana passada, será publicada nesta segunda-feira. O departamento jurídico do Vasco tem até o dia 15 para se manifestar no caso. No processo, foram juntadas mais de 10 petições, entre aquelas das chapas dos candidatos Eurico Miranda e Roberto Monteiro, que acusam o Vasco de fraude processual, de tentar agir em defesa do próprio mandato depois do Conselho Deliberativo ter decidido pela não prorrogação dos eleitos em 2011. Os mandatos atuais se encerrariam no dia 19. Eles citam a concordância do clube na ação que derrubou a Junta de transição e falam em ação de interesses comuns entre Dinamite e os opositores que mantiveram o presidente no poder.

O caso tem origem na ação movida por Leonardo Gonçalves, presidente da Cruzada Vascaína, que é da chapa “Sempre Vasco”. Uma liminar após a reunião do Conselho derrubou a Junta administrativa indicada por Eurico e Monteiro e que assumiria o clube  até as eleições de 11 de novembro. Nesta nova etapa da batalha dos tribunais pelo poder do clube, desembargador também pede que a Junta de transição entre no processo como interessados no caso.

“Portanto, necessária a manifestação dos 04 membros da Junta Governativa de Transição nomeada pelo Conselho Deliberativo da entidade, Srs. Silvio Aquiles Hildebrando Godoi, Alcides Martins, Jorge Luiz das Neves Morais e Eduardo Ferreira Rebuzzi, para, querendo, oferecerem manifestação nos autos, no prazo legal para contrarrazões, porque a decisão judicial interferiu, diretamente, nos mandatos provisórios concedidos aos mesmos.”, diz um trecho da decisão de Rulière do último dia 4 de setembro.

Por enquanto, nada muda na diretoria do Vasco. Roberto Dinamite, que é candidato a deputado estadual, tenta emplacar um recadastramento de associados. Depois de mais de 25 dias do anúncio deste serviço, a Comissão de Auditoria e Recadastramento ainda discute mecanismos e regras para iniciar a convocação de sócios, o que gera novas críticas e até uma manifestação do Casaca, grupo político que apoia Eurico Miranda, que realiza um novo cadastro voluntário, levando suas próprias fichas e entregando documentos na secretaria do clube.
A informação que corre nos bastidores da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro é que o desembargador esperava logo um início do trabalho de recadastramento, pois era um dos motivos pelo qual ele determinou o adiamento das eleições: uma lista de sócios revisada, limpa e sem velhos problemas do banco de cadastro do Vasco.

Entenda o caso

Na madrugada do dia 13 de agosto, após reunião do Conselho Deliberativo, quatro nomes estavam indicados para assumir o Vasco em transição de diretoria até as eleições de 11 de novembro. Indicados pelos candidatos Eurico Miranda e Roberto Monteiro, que levaram a melhor ao conseguirem evitar a prorrogação do mandato de Roberto Dinamite e dos demais poderes por votação da maioria dos conselheiros, Eduardo Rebuzzi, Jorge Luiz Morais, Silvio Godói e Alcides Martins chegaram a se reunir no domingo, 17 de agosto, horas depois da liminar que a chapa concorrente “Sempre Vasco” conseguiu no plantão do judiciário. Desde então, o desembargador Camilo Rulière analisa a questão que pode encerrar a era Dinamite ou levar o atual presidente a ficar no cargo até o pleito do fim do ano. O mandato do atual presidente se encerrava no dia 18 de agosto. Até nova medida judicial, o clube segue com os atuais poderes até as eleições.

Fonte: ge