Dinamite: "Fui e ainda sou ídolo e quero ser presidente do Vasco"
Lá se vão quase oito anos desde a última vitória do Vasco sobre o Flamengo num jogo decisivo. Para quem não se lembra, foi em 23 de abril de 2000, pela última rodada da Taça Guanabara. O placar de 5 a 1 sobre o arqui-rival garantiu ao cruzmaltino o título do primeiro turno. De lá para cá, só derrotas, como as da final da Copa do Brasil de 2006 e nas semifinais de 2006 e 2007 da Taça GB, só para citar as três mais recentes. Mas o que tem acontecido com o Vasco? Para tentar explicar, o O Dia Online conversou, com exclusividade, com o eterno ídolo Roberto Dinamite, que já foi algoz dos rubro-negros em diversas oportunidades.
"Os jogos entre Vasco e Flamengo sempre foram muito difíceis, marcados por um equilíbrio muito grande. Mas esse jejum já está durando um período muito longo. É claro que o jogo contra o Flamengo é diferente, mas tratar isso como uma final de Copa do Mundo é errado. O time tem que ser preparado para ser campeão e não para ganhar do Flamengo uma vez. Então, o que falta, é planejamento", disse o ex-jogador.
Roberto comentou sobre a volta de Edmundo, que ele considera muito boa para o time.
"O Edmundo tem uma identificação muito grande com a torcida e isso é importante. Dentro de campo, ele também ainda é muito útil. É difícil falar sobre o pênalti que ele perdeu, pois que mais sentiu, com certeza, foi ele. Deve ter sido muito ruim, porque ele tem um carinho muito grande pelo Vasco. Não dá para culpá-lo. Eu garanto que não perderia, mas porque não estava lá para bater", disse o deputado.
Roberto falou também sobre os problemas de administração do clube e da falta de planejamento. Ele criticou a postura do atual presidente, que vive interferindo na escalção do time. Para o ex- camisa 10, a diretoria tem que dar tranqüilidade ao treinador e ao grupo para trabalhar
"O presidente tem que se preocupar em planejar a administração do clube por três anos. Acho até que ele pode trocar idéias com o treinador, mas não impor a escalação de alguém. Senão perde o sentido ter um técnico. Eu não quero ser estrela. Fui e ainda sou ídolo, mas se eu vier a ser presidente do Vasco, quero apenas me preocupar com a administração do clube".
Por fim, Dinamite falou sobre o julgamento do recurso da apelação da oposição do clube, que pediu a suspensão das eleições para a presidência do clube, realizada em 13 de novembro de 2006, por suspeita de fraude.
"Espero que a justiça seja feita e uma nova eleição realizada. O torcedor do Vasco me cobra muito sobre essa situação. Queremos uma eleição limpa, que o sócio possa votar sem preocupação".
Perguntado se temia uma nova fraude, o candidato foi enfático e deu uma alfinetada no atual presidente.
"Não acredito em fraude numa próxima eleição. Acho que as pessoas que se prestaram a isso vão pensar duas vezes. Todo mundo está vendo o que está acontecendo", encerrou, mostrando-se confiante.
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