Dinamite frisa importância do bom relacionamento entre os rivais
Colados na tabela e também fora de campo. A boa fase do futebol carioca no Brasileirão passa não somente pelo desempenho dentro das quatro linhas, mas, fundamentalmente, pelo momento pacífico e de união entre as diretorias. Essa é a opinião de mandatários de três dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, conforme revelado em evento no centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira.
Em parceria desde a cisão com o Clube dos 13, para a negociação independente dos direitos de televisão, Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense vivem em constante diálogo e apontam a boa relação como fator determinante para estarem disputando, a oito rodadas do fim, o título mais importante do país.
- Tenho a convicção de que isso não é uma feliz coincidência. Trabalhamos de forma consistente. Mudamos um pouco a mentalidade de dirigentes aqui no Rio e temos um respeito enorme. Temos um respeito enorme acima, da rivalidade, que vai acontecer sempre e está no sangue. Trabalhamos com a vitória e isso envolve paixão. Ninguém vai torcer para o adversário, mas dentro da racionalidade montamos um grupo de dirigentes que trabalha pensando no melhor para o futebol do Rio e do Brasil. Nossa relação é muito próxima disse Patrícia Amorim, presidente do Flamengo.
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Mandatário do Botafogo, Maurício Assumpção fez coro com a dirigente rubro-negra. Na opinião do alvinegro, o quarteto fantástico, conforme apelidou a própria Patrícia, mudou o conceito de administração no futebol do Rio de Janeiro.
- Há cinco anos, quando falávamos em profissionalização dos clubes de futebol, era algo colocado com desdém, com certa brincadeira, como se não desse certo e o futebol fosse um mundo à parte. Nós quatro temos mostrado que é assim, sim. Que é preciso ter uma gestão com profissionais gabaritados e com comprometimento. O reflexo disso está no campo, com todos os grandes podendo disputar a Libertadores no ano que vem.
Assumpção apontou o fato de terem problemas similares como ponto fundamental para o entendimento entre as partes.
- Temos problemas muito parecidos. Normalmente, falam que não adianta trocar de parceiro que o problema não muda, e o casamento é como o futebol. Seja na Gávea, São Januário, General Severiano ou Laranjeiras, as questões são muito parecidas. Então, conversamos muito e o que serve para um pode servir para o outro. Temos algumas soluções já implementadas.
Por fim, Roberto Dinamite concordou com os companheiros e rivais. Para o vascaíno, independentemente dos objetivos individuais em termos de resultados, todos buscam o crescimento como um todo do futebol do estado.
- Sem sombra de dúvidas interfere (no bom desempenho). Nesse período em que estão os presidentes atuais, acho que tivemos mais reuniões do que em toda história. Esse é o caminho. Os quatro clubes são fortes em todo o Brasil e temos que discutir o que é melhor como um todo. A ideia pegou. Estão todos com chances de título, brigando, e é para frente que devemos olhar.
Por problemas particulares, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen não esteve presente no seminário e foi representado por um de seus diretores.
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