Dinamite espera resolver questão das CND"s ainda essa semana
O Vasco segue tentando resolver as pendências com a Fazenda para obter as certidões negativas de débito (CND), que liberariam o clube de penhoras e permitiriam o recebimento das cotas de patrocínio da Caixa Econômica Federal. As negociações se estendem por meses, e o presidente Roberto Dinamite espera um desfecho positivo para esta semana. O mandatário vascaíno revelou que vai novamente a Brasília, provavelmente na quinta-feira, para tentar acabar com os entraves finais para a liberação do documento.
Enquanto não chega a um acordo com a Fazenda para planejar o pagamento de débitos antigos, o clube não pode receber verba de patrocínio de empresas estatais e corre o risco de penhoras em valores que entrem em seus cofres. Com a homologação do acerto, o dirigente garante saúde financeira ao time de São Januário e mais tranquilidade para operar nos próximos meses.
- Tenho viajado bastante, principalmente para Brasília, buscando resolver essa parte que é a parte mais crucial e mais difícil do Vasco, no que diz respeito aos compromissos e as pendências que existem com relação à Receita Federal. Eu espero estar solucionando isso ainda essa semana. Nós vamos voltar mais uma vez a Brasília, provavelmente na quinta-feira, para bater o martelo em relação a tudo que foi acertado, e assim o Vasco vai poder cumprir com todas as suas obrigações. A partir disso, o Vasco poderá ter vida própria e buscar um equilíbrio que hoje já podemos ver em pequena escala no clube - disse Roberto Dinamite em entrevista à Rádio Globo.
O acordo, que é costurado desde o início do ano, prevê o escalonamento da dívida para ser paga em cinco anos. Com o desfecho positivo do caso, o clube obtém as CNDs e, então, pode assinar com a Caixa Econômica Federal. Desde o jogo contra o Flamengo, no dia 14 de julho, quando estreou o patrocinador estampado no peito da camisa, o Vasco e o banco estatal firmaram parceria de cessão de uso até que possa ser assinado oficialmente o contrato de um ano de patrocínio. O clube ainda não pode receber a verba da CEF, porque poderia ter os valores penhorados pela própria ação da Fazenda, com a qual tenta acordo na Justiça.
Nos últimos ajustes do modelo de acordo, o Vasco tentava incluir na negociação outras dívidas tributárias que tem com o governo, além de negociar formas de pagamento e também as garantias financeiras do acerto. Somente em título de execução fiscal com a Fazenda são R$ 103 milhões. Porém, o Vasco vai usar os mais de R$ 20 milhões depositados em juízo - entre patrocínios e recursos advindos de contratos de transmissões de TV - para uma espécie de entrada da dívida com a Fazenda.
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