De saída, Juninho diz que tem medo de a torcida ficar contra
Em entrevista exclusiva , ao vivo, durante o Show do Apolinho, Juninho Pernambucano abriu seu coração e desabafou nos microfones da Tupi. O ex-jogador do Vasco falou dos bastidores da sua segunda passagem pelo clube de São Januário que culminaram com a saída do jogador para o New Yorque Red Bull. O eterno Reizinho da Colina criticou o ambiente do clube e os erros administrativos do Vasco. Juninho começa explicando como acertou seu retorno para o clube e o que deixou acordado com Roberto Dinamite.
Na minha apresentação eu disse que depois de seis meses eu faria o que eu quisesse da minha vida. Estava pagando minha divida com o Vasco. Depois dos seis meses, eu fiz mais seis meses por ver a situação do Vasco e renovei no inicio desse ano. Fizemos uma campanha muito boa na Libertadores sendo eliminado nas quartas de final pelo Corinthians. Depois mais seis meses, ano passado eu renovei por objetivo e esse ano por jogo. Tudo baseado na proposta que o Vasco me fazia. Agora um ano e meio depois, 76 jogos depois, 50 só esse ano. Fiz tudo que podia e achei que era um risco muito grande continuar no Vasco com a situação em que o clube se encontra.
Fala dos culpados pelo momento do Vasco e comenta sobre a negociação para sair do Vasco
É difícil dizer quem é o culpado. Essa direção tem uma parcela grande de culpa, a direção passada tem uma parcela de culpa grande. E quando se comete erros precisa de um tempo grande para recuperar. Então achei que a melhor decisão era sair. Recebi uma proposta do Atlético-MG, fiquei tentado porque a proposta era muito boa. Não só pelo contrato, mas pelo grande time que o Atlético-MG tem, pelo desafio de jogar novamente com o Ronaldinho Gaúcho. Mas deixei claro para o Roberto que minha preferência era sair do Brasil. Surgiu à oportunidade de jogar no New Yorque Red Bull, fui lá com o Vasco sabendo de tudo, visitei tudo, lugar pra morar, escolas para os filhos. Com o Vasco sabendo de tudo, segunda-feira eu fechei com eles por um ano de contrato. Eles me ofereceram dois anos, mais eu não quis porque esse será meu último ano de futebol.
Afirma que tem medo da torcida ficar contra ele
Às vezes eu fico com medo dessa inversão. Não está havendo nenhum abandono, eu não estou quebrando contrato. Nem agora e nem na minha última saída. Não quero correr o risco, pela situação que o clube se encontra, de terminar minha carreira em uma situação difícil dentro de campo em que os resultados não apareçam e seja usado como um escudo para tudo isso. Eu prefiro sair assim, mesmo sem ter conquistado nenhum título nessa segunda passagem pelo Vasco, mas eu saio com minha consciência tranquila de ter feito o melhor que eu podia. Infelizmente se o clube não tivesse nessa fase, lógico que eu nem receberia uma proposta.