Da mesma forma que no rival, Dorival vem para ser salvador
De volta ao Rio de Janeiro, Dorival Júnior aceitou o desafio de assumir o Vasco em uma situação que remonta à chegada ao Flamengo no ano passado. E no primeiro clássico desde a saída do Rubro-Negro, neste domingo, o técnico novamente recebe a missão de salvador.
A um ponto da zona de rebaixamento, o Cruz-Maltino convive com a ameaça da Série B neste início de competição. Não bastasse a irregularidade, o clube ainda depende de acordos para liberação de recursos para contratações.
Cenário semelhante ao do fim de julho do ano passado, quando o treinador aceitou o convite feito por Zinho para assumir a vaga de Joel Santana no Flamengo.
Sem poder de compra, o Rubro-Negro ofereceu um grupo modesto ao treinador. No fim, depois de flertar com o Z4, o Flamengo terminou o Brasileiro na 11 colocação.
Ao considerar o propósito de evitar, ao menos, a queda, o trabalho parcial de Dorival Júnior naquele semestre foi aprovado.
Fato que reforçou o estigma de solucionar problemas que Dorival Júnior carrega desde os tempos de Cruzeiro, em 2007, quando dirigiu pela primeira vez um clube de ponta do futebol brasileiro.
Se o resultado se repetirá ou não, independentemente das semelhanças com o Flamengo, Dorival Júnior é uma das últimas esperanças da diretoria do Vasco para que o time ganhe um fôlego no Brasileiro e almeje estar na parte de cima da tabela.
Dinheiro, agora, não pesa
Ao receber o convite do Vasco, Dorival Júnior estava ciente da situação financeira crítica que atinge o clube. Apesar disto, aceitou a oferta com a confiança de que os problemas de atraso salarial serão solucionados ao longo do ano.
Situação, porém, distinta que marcou a saída do técnico do Flamengo. Quando assumiu o time, ele tinha um salário, que incluía também a comissão técnica, superior a R$ 600 mil por mês.
No contrato ainda havia um reajuste para 2013 que inflou a folha salarial do Rubro-Negro. No total, os custos chegariam próximos a R$ 1 milhão mensais. Na tentativa de reduzir o montante pago ao técnico, a diretoria do Fla não conseguiu um acordo com Dorival Júnior e optou pela demissão do técnico.
Bom de clássico, Mano faz estreia
Pela primeira vez à frente de um clube do Rio de Janeiro, Mano Menezes fará a estreia em um clássico entre clubes da cidade. E a expectativa dele é a de que seja mantido o bom aproveitamento que conseguiu em jogos entre rivais em Porto Alegre e em São Paulo.
Pelo Grêmio e pelo Corinthians, foram 26 clássicos. São 11 vitórias, nove empates e apenas seis derrotas. Um desempenho superior a 53% dos pontos disputados.
Apesar da experiência, o técnico revelou uma certa ansiedade pelo confronto de logo mais.
O futebol deve dar essa ansiedade. Quando perdemos isso, temos de fazer outra coisa. Na hora que apita e começa, a ansiedade passa e os artistas principais, que são os jogadores, fazem a parte deles comentou o treinador.
Mesmo não tendo disputado clássico algum no Rio de Janeiro, Mano Menezes acredita que algumas características deste tipo de jogo são as mesmas, independentemente da rivalidade em cada estado.
Lido com isso respeitando a característica do futebol e culturalmente a região de cada parte do país. Os demais fundamentos são parecidos, de responsabilidade equilibrada. Clássico traz características próximas de um jogo final avaliou.
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