Cristiano Koehler confia em permanência de Autuori
A paciência do técnico Paulo Autuori chegou no limite. A promessa dos dirigentes de que o salário de maio seria pago nesta sexta-feira, não foi cumprida, e o treinador não quer mais esperar uma solução. O clima em São Januário era de expectativa. Cientes de que o treinador é o único com força para brigar por melhores condições de trabalho, jogadores e funcionários temiam que Autuori sequer viajasse com a delegação para Porto Alegre, onde o Vasco enfrenta o Internacional, neste domingo, no Estádio Centenário, em Caxias do Sul.
O treinador seguiu com a delegação, mas a volta do time ao Rio pode ser com o cargo vago. Desde que assumiu o comando do time, Autuori estipulou o mês de julho como o limite para que todas as pendências financeiras fossem resolvidas. E o treinador sabe que a solução prometida pelos dirigentes ainda está longe do fim. E a decisão de deixar o Vasco independe do interesse demonstrado nesta sexta pelo São Paulo, que demitiu Ney Franco.
- A partir de julho não pode mais haver atrasos. Não só de jogadores, mas de todos os funcionários - cobrou Autuori, na semana passada.
Apesar da saída iminente do treinador, os dirigentes do Vasco parecem não demonstrar preocupação.
- Acreditamos no Paulo, no projeto que fizemos. Ele sempre se mostrou uma pessoa que está no Vasco não por dinheiro, mas pelo projeto de reestruturar o clube. Não é o interesse de outro clube ou os problemas que ainda temos com salários que vai mudar isso - aposta o diretor-geral Cristiano Koelher.
Se a decisão de permanecer ou não como treinador cabe apenas a Autuori, o futuro de Carlos Alberto está nas mãos dos dirigentes. O apoiador treinou normalmente na sexta, mas não viajou para o Sul. Ele foi chamado para uma reunião na próxima segunda-feira, com a presença do presidente Roberto Dinamite e o diretor de futebol, Ricardo Gomes, na qual deverá ser comunicado que não terá o contrato renovado.
- SuperVasco