Política

Craques africanos viraram trunfos de presidenciáveis

Três anos depois, um astro do futebol mundial nascido na África, já veterano, volta a ter o nome ligado ao Vasco. Yaya Touré assinou contrato com Luiz Roberto Leven Siano. Se o candidato for eleito presidente do clube, o meia da Costa do Marfim, vestirá a cruz de malta.

Antes dele, o clube de São Januário esteve bem perto de fechar a contratação de Eto'o. Em 2017, Julio Brant tentou a presidência e já tinha um trunfo na manga para anunciar depois de ter confirmada a eleição: a contratação do camaronense. Seria o nome de impacto para marcar o começo da nova gestão.

Deco, ex-jogador e atualmente empresário de jogadores, fez a ponte. A transferência de jogador, então com 36 anos, que defendia na época o Antalyaspor, da Turquia, marcaria o começo de uma nova parceria, entre o Vasco e o agente. Para completar, o grupo trabalhava para envolver a Puma no projeto. A empresa era a patrocinadora do astro e passaria também a fornecer o uniforme vascaíno.

O que Julio Brant não esperava era a reviravolta na eleição vascaína. Alexandre Campello, então futuro vice-presidente de futebol, resolveu romper com Brant e se lançar à presidência administrativa. O principal motivo alegado foi o fato de que o outro lado não estaria cumprindo com o acordo firmado, alijando Campello das decisões do futebol. A viagem de Julio Brant, sem o médico, para ir negociar pessoalmente com Eto'o seria um exemplo do descumprimento do acordo.

Diante da iminência do rompimento, a "Sempre Vasco", que guardava a negociação com Eto'o a sete chaves para concretizá-la e anunciá-la depois da posse, com toda pompa e circustância, trouxe a público as tratativas para tentar fazer pressão nos conselheiros. Não adiantou. Com o apoio de Eurico Miranda, Campello ganhou a eleição dentro do Conselho Deliberativo e Eto'o, que estava bem próximo, não veio.

O mesmo pode acontecer com Yaya Touré, de 37 anos e que não atua desde outubro do ano passado — seu último clube foi o Qingdao Huanghai, da segunda divisão chinesa, caso Leven Siano não ganhe a eleição prevista para acontecer no fim do ano. Se o advogado for eleito, Touré chegará ao clube da Colina em 2021.

Fonte: O Globo Online