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Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Roberto Dinamite

Por mais estranho que possa parecer para um torcedor mais desavisado, o dia seguinte a goleada de 6 a 1 imposta sobre o Atlético-MG e que tirou o time da zona de rebaixamento do Brasileirão foi digno de crise no Vasco. Após o bate-boca de alguns jogadores através da imprensa, iniciado com a acusação de Edmundo de que Jean e Leandro Bomfim fizeram corpo mole contra o Galo, o presidente Roberto Dinamite esteve no Vasco Barra, nesta sexta-feira, e se reuniu com o elenco para colocar panos quentes na confusão.

Com a experiência de quem viveu as mais diversas situações nos tempos de jogador, o dirigente disse que procurou ensinar o \"bê-á-bá do dia-a-dia\" ao elenco e deixou claro que quer ver a roupa suja vascaína sendo lavada em casa. Dinamite esclareceu também a questão dos salários atrasados e se colocou aberto para um diálogo particular com o meia Morais. Confira os principais trechos da entrevista coletiva do presidente.

Reunião com o elenco

- É o bê-á-bá do dia-a-dia. Temos que buscar solução entre nós. Tem que falar com vocês (jornalistas), ótimo. O jogador sempre vai ter liberdade pra falar, mas coisa de interesse da equipe tem que ficar entre nós. Senão fica muito difícil e vamos ter que ficar apagando incêndio todos os dias. Se eu falar que vamos ganhar de 5 a 0, por exemplo, cada um vai interpretar de uma forma. A pessoa tem o direito de externar, mas dentro do plantel e não para imprensa.

Salários atrasados

- Duvido que alguém, na condição que o Vasco tem hoje, pagaria os salários em tão curto prazo. Isso que vocês falam hoje eu já vivi. Ficar dois para três meses sem receber. Temos um compromisso com os jogadores e o salário está pago. Você recebe no dia 1º, outro dia 10 e o clube paga no dia 20 dentro de uma possibilidade de receita. Em virtude da diretoria que saiu, aquilo que o Vasco receberia todo dia 20 não tem mais, por conta dos adiantamentos das cotas de TV. Não temos nada para receber. Temos que fazer dinheiro e mostrar o que desejamos. Se atrasou, foram cinco ou dez dias, no máximo, em razão de uma operação que tem que ser feita. Faz parte da vida de todo clube. Será que só o Vasco estava nessa situação? Espero que também falem quando o Vasco estiver pagando em dia.

Ausência de Morais

- O Morais não jogou em razão de quê? Você sabe? Eu também não. Se fala que foi em razão de atitude dos torcedores, mas eu não sei. Até hoje ele não falou comigo. O presidente do Vasco está aberto a ouví-lo a hora que ele quiser, ou quase na hora que ele quiser. Nós queremos isso, um diálogo aberto com o jogador.

Reunião para definir o futuro do jogador

- Já se conversou com o procurador do jogador, mas para dialogar e saber o por quê (dele não ter jogado). Outra coisa que fuja a isso, ninguém está autorizado a falar.

Suspensão dos salários do meia

- Até agora não aconteceu. O profissional trabalhou. Pode até acontecer, mas vai depender do que a gente conversar. Não quero tomar nenhuma posição antes de ouvir o jogador.

Conselho para Morais

- Acho que ele tem que ter, acima de tudo, segurança no futebol dele. Não é ele o culpado, não existe um culpado. Se perde, perde todo mundo. Se ganha, ganha todo mundo.

Acusação de Edmundo

- Tem um documento da vice-presidência médica falando que os jogadores estavam realmente contundidos.

Fonte: ge