Futebol

Confira minuto a minuto de Romário ontem

Chegada
Como sempre fez, Romário chegou a São Januário às 17h, lanchou com os jogadores e ficou esperando o início da partida.

Antes do jogo:
Braços cruzados à beira do campo, o técnico comentou: “Não sei se estou nervoso. Talvez apreensivo. É diferente, ficar no banco acumulando duas funções. Espero que dê certo”.

8 minutos:
Sentado no banco, o treinador põe a mão na cabeça, num chute para fora de Leandro Bonfim.

10 minutos:
Na primeira vez em que saiu do banco e usou a área técnica, Romário chamou Cássio para conversar e, comemorou o gol de Leandro Amaral com braços erguidos e soltando dois palavrões.

25 minutos:
Em pé desde o gol, o treinador falava pouco, mas, com gestos, mostrava o que queria: que a defesa não se descuidasse da marcação do lado esquerdo, já que Rubens Júnior atacava muito, e que o ataque tocasse a bola com mais velocidade, além de abafar a defesa adversária.

28 minutos:
O goleiro do time mexicano faz bela defesa em chute de Conca e Romário se desespera. Coça a careca, depois a cabeça e se encaminha para o banco.

35 minutos:
Debaixo de forte chuva, novo momento de desespero. Romário se curva para trás, após duas defesas sensacionais de Ochoa e de uma bola cabeceada na trave por Luisão. Lance que dificilmente perderia nos velhos tempos.

Intervalo:
Indo para o vestiário, Romário não sabia se entraria. Mas mostrava confiança: “Se o time continuar em cima e atento atrás, pode sair com a classificação”.

8 minutos:
Romário manda Marcelinho entrar e começa a se aquecer. Aos 20, com a camisa número 1000 acima do 11 e com braçadeira de capitão feita de fábrica, entrou em lugar de Alan Kardec. E teve de explicar ao juiz que o capitão de verdade era o zagueiro Jorge Luiz.

30 minutos:
Já em campo, se irrita com Rubens Júnior e grita: “Tira o Rubens Júnior e põe o Enílton”.

Fim de jogo:
Conformado, reconheceu: “Fizemos um bom jogo. A bola não quis entrar. O Vasco foi um time determinado. A experiência como técnico foi boa, mas a palavra era para um jogo. Mas no futebol nunca se sabe o que vai acontecer. Me dou nota 8”.

Fonte: O Globo