Confira a analise tática de Vasco x Coritiba
Vasco no 4-3-2-1 valorizando posse de bola e aproximando Diego Souza e Bernardo de Alecsandro; Coritiba alternando o 4-2-2-2 e o 4-2-3-1 de acordo com a movimentação de Anderson Aquino.
Sem Ramon e Éder Luís, maiores referências de velocidade entre os titulares, o time cruzmaltino adotou a postura correta em São Januário na primeira final da Copa do Brasil:
Concentração e organização no trabalho defensivo para evitar o gol qualificado, paciência e valorização da posse de bola nas manobras ofensivas com Felipe mais liberado para articular, laterais apoiando alternadamente, Diego Souza e Bernardo circulando em torno de Alecsandro, o atacante único do 4-3-2-1 armado por Ricardo Gomes.
O gol solitário no início da segunda etapa que dá vantagem importante ao Vasco foi a perfeita ilustração da proposta ofensiva: jogada trabalhada por Bernardo e Diego Souza, abertura para Allan na direita e o cruzamento que encontrou a cabeça de Alecsandro. Toques certos, conscientes. Ação de ataque até previsível, mas muito bem executada.
O Coritiba não errou atuando fora de casa. Avançou as linhas e marcou à frente no primeiro tempo e novamente alternou entre o 4-2-3-1 e o 4-2-2-2, de acordo com a movimentação de Anderson Aquino. Rafinha jogou mais aberto à direita, para cima de Márcio Careca e Davi articulou a partir da esquerda.
O time de Marcelo Oliveira, porém, se ressente da ausência de Marcos Aurélio e da falta de contundência ofensiva, virtude marcante na conquista estadual e na Copa do Brasil até os 6 a 0 sobre o Palmeiras. O desfalque sentido e a atenção dos adversários brecaram o volume de jogo do início da temporada. A suspensão de Anderson Aquino torna o cenário ainda mais complicado.
A esperança está no sufoco dos últimos minutos, com Geraldo dando trabalho pela esquerda e o time mandante acuado, sem contragolpe e os lampejos do cansado Diego Souza, o melhor em campo. Emerson quase empatou já nos acréscimos completando cruzamento de Rafinha pela direita. A última das 12 finalizações do time paranaense contra 11 do Vasco. A prova de que o Coxa merece respeito.
Mas o Vasco é favorito no Couto Pereira. Ainda que a taça venha com derrota marcando gols. Porque o time que cresce fora de seus domínios jogou certo em casa e ficou mais perto do inédito título nacional.
Com as substituições, o Coxa sufocou nos minutos finais, especialmente pela esquerda com Geraldo. Vasco perdeu o contragolpe com o cansaço de Diego Souza e sofreu para administrar importante vantagem.
Agradecemos ao nosso colaborador Edson Machado pelo envio da matéria.
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