Com medo de boicote, organizador quer que São Paulo se explique
O primeiro campeonato de base a ser boicotado pelos clubes que não querem disputar competições em que o São Paulo estiver é a Copa 2 de Julho sub-17, que será realizado de 1º a 13 de julho, na Bahia. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, Sinval Vieira, coordenador de Excelência Esportiva da Sudesb e responsável pelo torneio, fez um apelo ao clube paulista para se esforçar por um acordo com os rivais, que o acusam de aliciamento de jovens.
Para a situação se resolver, precisa de uma iniciativa do São Paulo. Acho que se eles reconhecerem, pode resolver. Vou conversar com eles, afirmou, complementando que o clube tricolor é um grande parceiro e que conta com sua estima. Eles sempre participaram, estão sempre presentes.
De acordo com Sinval, embora ainda não tenha recebido nada oficial, diversos clubes já o alertaram informalmente que não participarão da competição caso o São Paulo esteja presente. Alguns clubes me ligaram para saber como vai ficar. É uma coisa ruim. Inicialmente estou me reservando, mas sabemos que esse movimento tem fundamento. Estou torcendo para uma reconciliação, disse.
A organização garante, no entanto, que o torneio não corre risco. Mesmo esvaziado, irá acontecer sua sétima edição neste ano. Como o torneio é uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia e não uma competição oficial, os clubes podem optar por não participar.
Assédio aos pais dos atletas
Os clubes acusam o São Paulo de assediar os pais dos atletas de outras equipes. Um contrato profissional só pode ser feito a partir dos 16 anos. Para segurar jovens com idade inferior a 16, os clubes afirmam existir código de ética, controlando transferências.
Um caso emblemático envolve o meia Lucas, atualmente no PSG. O Corinthians alega que o time tricolor ofereceu enorme quantia aos pais do atleta, que na época não tinha vínculo profissional com o Corinthians.