Futebol

Colunista elogia estreia de Dieyson no Vasco

O público pagante dos jogos dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro na segunda rodada da Taça Rio não chegou a dez mil espectadores.

Dez mil!

E reparem que em Macaé os 5.596 anunciados não refletem o número de torcedores que pagaram ingresso, mas, sim, o de abnegados presentes.

Foram registrados 848 vascaínos em Bangu;

1.123 tricolores em Volta Redonda;

1.301 alvinegros em São Januário;

E, em tese, 5.596 rubro-negros em Macaé _ total: 8.868 pagantes.

Isso não é normal, e também não é digno.

Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco não podem ir a campo para jogar com menos de dez mil pessoas no estádio.

Se for o caso, que se baixe o preço dos ingressos, como já foi feito em 1999, com uma promoção casada com o jornal EXTRA.

Mas jogar em estádio vazio é assumir a falência da marca!

Olaria 0 x 2 Vasco //Vasco 2 x 2 Bonsucesso

O time misto que representou o clube no jogo em Moça Bonita teve boa desenvoltura ofensiva no primeiro tempo da vitória sobre o Olaria.

Em parte, graças ao retorno de Eder Luis - mas, muito, em funçãoda boa atuação do jovem lateral-esquerdo Dieyson, de 18 anos.

Vamos ser justos: também por conta da movimentação do equatoriano Carlos Tenório, que acabou se machucando, seriamente.

Tudo bem diferente do empate em 2 a 2 com o Bonsucesso, em São Januário, na partida de estréia - o Vasco chegou a estar vencendo por 2 a 0!

Desta vez, deu para o gasto - e, de quebra, renovou o espírito para o jogo desta terça-feira contra o Alianza, em casa, pela Libertadores.

Agora, o Vasco e os vascaínos precisam esquecer a perda da Taça Guanabara, levantar a cabeça e andar para frente.

Assumir seus desafios conscientes de que eles são do tamanho da capacidade do conjunto cruzmaltino.

Fluminense 3 x 0 Nova Iguaçu // Resende 2 x 1Fluminense

O time de Abel Braga, seja ele o reserva, o misto ou o completo,ainda é cheio de falhas - como vimos na derrota para o Resende na estreia da Taça Rio.

E não sei ao certo até quando o torcedor terá de conviver com as falhas individuais de seus defensores.

Mas, analisando com frieza, a evolução do todo só não vê quem não quer.

Do meio para frente, o Fluminense exibe bom padrão e o encaixe lá atrás virá à reboque da maturidade do conjunto.

O time tem um meia cerebral (Deco), um atacante veloz (Wellington Nem) e um goleador (Fred).

Não é tudo, mas é o básico para a montagem de um time competitivo.

O restante se ajeita com um esquema bem ensaiado.

Botafogo 3 x 1 VoltaRedonda // Americano 2 x 4 Botafogo

Aposto que lá pelos 20 minutos do segundo tempo muita gente boa apostou num tropeço alvinegro diante do Volta Redonda, em São Januário.

Mas, sem Maicosuel, Elkeson e Andrezinho (e ainda sem Jobson) prevaleceram as jogadas de bolas altas, com Antônio Carlos e Herrera resolvendo o jogo.

No jogo de estreia, contra o Americano, em Campos, o time chegou a sofrer o empate, mas teve calma e perseverança para achar o caminho da vitória.

De qualquer forma, Oswaldo de Oliveira precisa encontrar logo \"o camisa 10\" deste time, o astro, o armador, a peça que fará o encaixe do todo.

Será o Mago?

Será o Elkeson?

Não sei.

Mas falta esta peça - é um dos últimos retoques nesta maquininha que está sendo montada por Oswaldo.

Duque de Caxias 1 x 2 Flamengo // Flamengo 1 x 2 Boavista

A derrota para o Boavista no tumultuado jogo no estádio em Macaé, na primeira rodada da Taça Rio, deixou marcas preocupantes no time do Flamengo.

Não pelo resultado, em si, mas pela certeza de que pouca coisa mudou desde a troca do comando de Vanderlei Luxemburgo para Joel Santana.

E com a chegada do centroavante Vagner Love entre elas.

A falta de um time base parece ser o maior problema - a bem da verdade, ora causado por contusão, ora por suspensão.

O time rubro-negro vive ainda em fase de experimentações e o fato de estar em meio à disputa da Libertadores potencializa o difícil momento.

Por exemplo: foi ruim o desenvolvimento do time na vitória de 2 a 1 sobre o Duque de Caxias, no mesmo Estádio Cláudio Moacir do jogo de estreia.

Entendi o que Joel Santana pretendia: juventude no meio para que Ronaldinho Gaúcho tivesse liberdade para municiar Deivid e Love no ataque.

Mas na prática não funcionou.

O time foi atacado durante quase todo o jogo, não teve posse de bola e venceu por conta de um pênalti infantil.

Ronaldinho até parece se esforçar, mas não consegue fazer a diferença.

E aí me ponho a imaginar que enquanto o dentuço for o ponto de equilíbrio, o Flamengo custará a engrenar.

É preciso ver isso aí...

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