Colunista conta história de vida de Fernando, novo reforço vascaíno e amigo

O ex-rubro-negro Fernando, agora em São Januário, chega ao Vasco com um padrinho forte: Edmundo, seu amigo particular.

O ídolo do clube foi quem referendou a vinda do zagueiro.

O jogador, porém, carismático, já anda conquistando as pessoas no clube, principalmente as que tomam conhecimento de sua história de vida.

Criado com muito sacrifício por uma simplória funcionária do Flamengo, vitimada por um enfarte enquanto ele servia a seleção sub-20, Fernando, que já era orfão de pai, sofreu mais tarde, em circunstâncias não reveladas, a perda de dois irmãos.

Abraçado pelos amigos do futebol, o jogador superou os baques e, sem nenhum deslize, fez do limão uma limonada, sendo por muito tempo tido como um dos líderes do vestiário rubro-negro _ aquele jogador que não encanta a torcida, mas é considerado peça importante pelos companheiros.

Talvez tenha sido por isso que o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kleber Leite, tenha relutado tanto em dispensá-lo, cedendo à pressão de parte da torcida e, por que não dizer, da mídia.

Já disse e repito: tecnicamente, baseado apenas no que o futebol do jogador Fernando pode propiciar à defesa do Vasco, sua contratação pouco ou muito pouco acrescenterá.

Porém, a julgar pelo drama que me foi contado, já começo a achar que o homem Fernando poderá ser muito mais útil ao clube do que tão e simplesmente zagueiro Fernando.

Até porque, como gosta de dizer o técnico Bernardinho, do vôlei masculino, são nos momentos difíceis que os homens se diferem das crianças.

E o Vasco, hoje, a meu ver, precisa mesmo é de homens...