Coelho diz que seu cargo "está sempre nas mãos de Dinamite"

Cotado para deixar o Vasco cerca de três meses após a chegada da nova diretoria, o vice-presidente de marketing, José Henrique Coelho, disse à Máquina do Esporte que seu cargo \"está sempre nas mãos do Roberto Dinamite (presidente)\", e que haveria uma decisão pelos próximos dias. \"Às vezes encontramos resistências em setores conservadores e existem algumas zonas de atrito\", afirmou.

Segundo foi divulgado pela imprensa carioca, José Henrique Coelho teria tido discussões com membros da direção em razão de possíveis facilidades para compra de ingresso às torcidas organizadas. Coelho seria contra os descontos, mas deve ter nova reunião com Roberto Dinamite nesta quarta-feira para resolver sua situação.

Ainda de acordo com o vice-presidente de marketing do clube, os fatos são naturais de um clube que passa por fortes mudanças. \"Há situações muito polêmicas envolvendo a área comercial\", declarou. Recentemente, José Henrique Coelho disse à imprensa negociar por melhores cotas de patrocínio para o clube, que, segundo ele, teria contratos deficitários com Habib\"s, MRV e Reebok, fornecedora de material esportivo.

O dirigente considerou a hipótese de deixar o clube, mas negou que isso atrapalhe o que já vem sendo realizado pela nova direção, como a parceria com a Eletrobrás ou os planos para um novo programa de sócio-torcedor. \"São situações tocadas por toda a diretoria e não param caso eu entregue o cargo\", afirmou.

Atualmente, Vasco e Eletrobrás discutem um acordo de patrocínio, mas que pode envolver outros esportes além do futebol e o projeto social desenvolvido em São Januário. Além disso, o departamento de marketing trabalha para desenvolver um novo programa de sócio-torcedor. \"Visitei Grêmio e Internacional há pouco tempo e vamos seguir esse modelo, também bem aplicado pelo Atlético Paranaense\", afirmou o diretor.

José Henrique Coelho garantiu que o antigo projeto, extinto pela nova diretoria no momento da posse, era deficitário e dava prejuízo ao clube. Segundo ele, os gastos operacionais e de funcionários eram superiores ao valor arrecado. \"Perdíamos R$ 10 mil por mês com o programa antigo\", afirmou.