Champs diz que sofreu sabotagem

A dona da Champs, a empresária Mariceli Leandrini, se defendeu com serenidade de todas as acusações. Por telefone, alegou que, além de problemas operacionais que atrasaram a confecção das camisas, a Champs foi vítima de um golpe

– Minha empresa cresceu muito no último ano, mas nossa crise foi interna. Sofremos sabotagem industrial, roubos. Foi uma maldade o que fizeram – desabafou a empresária, que foi à delegacia dar queixa contra 12 funcionários suspeitos e um diretor. – Tinha gente que trabalhava comigo havia mais de dez anos. Fiquei indignada.

Para contornar a crise, Mariceli contratou cinco novos gestores exclusivamente para cuidar das pendências de distribuição.

– Em 15 dias tudo vai voltar ao normal – promete a empresária, que garante que nunca faltou honestidade à sua empresa e que todos os problemas com os comerciantes serão solucionados.

A dona da Champs ainda esclareceu por que não pagou integralmente o valor da terceira parcela de patrocínio com o Vasco, vencida no início do mês – no valor aproximado de R$ 550 mil.

– O Vasco sabe qual é o problema, que não posso revelar agora. O dinheiro já está na minha conta e até segunda-feira será transferido ao clube.

Empresa nega crise financeira

Até a última sexta-feira constavam 409 ocorrências de títulos protestados no Serasa em nome da P. Leandrino, uma das razões sociais da empresa de material esportivo. A outra, a Champs Artigos Esportivos, tinha 125 títulos protestados. Apesar dos 534 protestos, a empresária jura que não está sem fluxo de caixa.

– Posso garantir que não estamos mal das pernas. Quase todos estes títulos já foram pagos. Não há um cheque sem fundo, pode puxar no Serasa. Na próxima semana, daremos baixa nos protestos – defendeu-se Mariceli.