Futebol

CBF limita venda de mando de campo no Brasileiro e Copa do Brasil

O novo Regulamento Geral de Competição (RGC) da CBF restringe a possibilidade de um time vender seu mando de campo com o objetivo de arrecadar mais dinheiro em outro estádio. Não há um veto definitivo a um time mudar seus jogos para outro Estado. Mas esse tipo de medida tornou-se impossível se houver prejuízo técnico ao campeonato.

Publicado em fevereiro, o RGC versão de 2023 regula todas as competições da CBF, incluindo o Brasileiro de todas as séries e a Copa do Brasil, entre outros.

Pelo regulamento antigo, de 2022, era vetada a inversão de mando de campo com um time jogando no campo rival ou a transferência de Estado nas últimas cinco rodadas. Teoricamente, um clube de menor torcida poderia negociar seu jogo para atuar em um estádio onde houvesse maioria de rivais em outras partes do Brasileiro.

No atual regulamento de 2023, a CBF acrescentou um parágrafo no artigo 14 para deixar claro que não permitirá que um time tenha ganho comercial em prejuízo do equilíbrio técnico da competição. A entidade listou que um time tem que garantir que quatro pontos não ocorram para aprovar a transferência da partida para outro Estado:

  • prejuízo ao equilíbrio técnico da competição;
  • prevalência do interesse econômico particular do clube, em detrimento dos aspectos técnicos da competição;
  • prejuízo da presença dos torcedores do clube mandante no estádio escolhido;
  • privilégio de qualquer natureza em favor do clube adversário, como inversão ou comercialização do mando de campo."

A intenção da CBF foi tornar mais clara a prática de que não será permitida uma troca de campo que favoreça o time visitante. A entidade já vinha vetando esse tipo de medida no último campeonato.

Não é intenção da confederação vetar completamente que um time jogue em outro Estado. Só que a entidade levará em conta esses quatro itens para poder aprovar uma mudança.

Também será necessário um tempo maior para o pedido de transferência de jogo, em um total de 20 dias. Anteriormente, o prazo era de 10 dias.

Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL Esportes