Futebol

Caldeirão: Argentinos sofrem quando jogam em São Januário

Para vencer o Lanús e se classificar para as quartas-de-final da Copa Sul-Americana, o Vasco conta com algo além das oito goleadas que teve em São Januário este ano. Contra adversários da Argentina, o Gigante da Colina tem retrospecto para lá de favorável quando atua em casa.

Desde 4 de janeiro de 1929, dia em que enfrentaram o primeiro hermano na Colina Histórica - 0 a 0 com o Barracas - os vascaínos receberam 29 vezes a visita dos vizinhos. Foram 13 vitórias, sete empates e nove derrotas.

O hóspede mais assíduo é o River Plate. As partidas contra o time trazem boas lembranças. Em 1998, o time de São Januário venceu o jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores. Dois anos depois, o Vasco reencontrou o River, desta vez pela Copa Mercosul. O quarteto formado por Ortega, Aimar, Angél e Saviola não viu a cor da bola e foi derrotado por 1 a 0.

Celso Roth nem pensava em comandar o Vasco na época, mas tem noção da importância dos confrontos contra a Argentina.

- Enfrentar times argentinos tem um sabor especial. Até por isso o planejamento tem de ser diferente - afirmou o comandante.

Por outro lado, o Boca Juniors não traz boas recordações. Em 2001, dono da maior série de vitórias da história da Libertadores, com oito triunfos em oito jogos, o Gigante da Colina recebeu os argentinos cheio de confiança. Porém, Riquelme & Cia. venceram por 1 a 0. O que levou ao resultado, na época, foi a forte marcação portenha.

- Quando mostrei ao time o vídeo do Lanús, perguntei a Conca e Dudar o que eles eram instruídos a fazer contra times brasileiros. Os dois disseram que o recomendado era manter a pegada forte - destacou o técnico cruzmaltino.

Com regulamento na mão

Com a vantagem de ter vencido por 2 a 0 a partida de ida válida pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, o Lanús quer explorar o desespero do Vasco, hoje, em São Januário, no duelo que garante vaga na próxima fase da competição.

- Temos uma boa vantagem e vamos jogar em função disso. Devemos nos posicionar com inteligência em nosso campo de defesa e sair nos contra-ataques. Mas isso não significa que vamos nos defender os 90 minutos - disse Ramón Cabrero, técnico do Lanús.

O treinador afirmou ainda conhecer a forca do Vasco atuando em seus domínios:

- Acompanhei alguns jogos do Vasco. Tenho certeza de que não será a mesma equipe da semana passada, quando não tivemos grandes dificuldades para vencer em casa por 2 a 0. O Vasco sabe aproveitar o fator campo e nós queremos jogar com o resultado que conquistamos.

O Lanús realizou somente um treinamento no Brasil, ontem, às 19h, em São Januário. Ramón Cabrero evitou a presença da imprensa e explicou seus motivos para a atitude.

- Podemos preparar alguma novidade - contou o treinador, no momento em que deixou transparecer um leve sorriso.

A baixa do Lanús será o zagueiro brasileiro Jadson Vieira, que sofreu uma grave lesão no tornozelo esquerdo, foi operado e ficará cerca de seis meses sem jogar.

Fonte: Lance