Cadê os gols?

Muitos dizem que o meio-de-campo é o termômetro de uma equipe. Pelo menos no caso do Vasco, os números do setor ofensivo refletem com perfeição os diferentes momentos do Cruzmaltino na temporada deste ano. Do início da Taça Guanabara até a partida de sábado, contra o Bragantino, o ataque viveu fases exuberantes e outras de escassez incômoda. Atualmente, os nove gols marcados em nove jogos confirmam o que Dorival Júnior não se cansa de dizer: o Vasco precisa e pode reencontrar o seu melhor futebol.

No jogo em Bragança Paulista, a equipe sofreu com o péssimo estado do gramado. Mesmo assim, conseguiu criar boas chances de gol.

Entretanto, no momento de colocar a bola para dentro, faltou aquele algo a mais, pequeno detalhe que sobrou nos últimos nove jogos do primeiro turno da Série B. Foram 22 gols e o ápice no Maracanã, com a goleada de 4 a 0 sobre o Ipatinga.

– Criamos várias chances de marcar, dominamos boa parte do jogo contra o Bragantino, e não empurramos a bola para o gol. Temos de aproveitar as oportunidades que estamos criando – alertou o lateral-esquerdo Ramon.

Para recuperar o faro de gol, o Vasco sabe muito bem em quem se inspirar. Este ano, as campanhas no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil servem de parâmetro. As goleadas sobre Botafogo e Vitória mostraram um time envolvente contra adversários da Primeira Divisão. O grande problema é que o técnico Dorival Júnior nunca conseguiu repetir a formação daqueles meses de fartura ofensiva.

Nem mesmo o atacante Elton, artilheiro da Série B com 13 gols, se viu livre das oscilações na hora de balançar a rede. O jogador viveu jejum de quatro jogos antes de embalar rumo à liderança no quadro de goleadores. A partir de sábado, contra a Ponte Preta, o Vasco terá novo ciclo para reencontrar a pontaria. Basta imitar a si mesmo.

Fernando Prass elogia o time

Desde a partida contra o Ipatinga, no dia 22 de agosto, que o ataque vascaíno não marca mais de dois gols. Na ocasião, o time goleou o adversário por 4 a 0 e viveu um momento de alegria.

Para que boas partidas como aquela voltem a povoar o imaginário vascaíno, o goleiro Fernando acredita que falta apenas mais capricho para aproveitar as boas oportunidades. Contra o Bragantino, Prass entendeu que a partida cumprida pela equipe foi boa. Faltou, mesmo, mais capricho.

– Tivemos méritos para sair com a vitória, criamos boas chances e poderíamos ter vencido. Mas é algo para se rever para o próximo jogo – disse o goleiro vascaíno.

Ataque funcionou

Goleada sobre o Fogão Na partida válida pela Taça Rio do Campeonato Carioca, o ataque do Vasco foi avassalador e fez quatro gols na defesa alvinegra. Elton, por duas vezes, Léo Lima e Carlos Alberto comandaram o baile e marcaram os gols.

Passeio nos baianos Pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, o Vitória veio a São Januário e não foi perdoado: 4 a 0, gols de Carlos Alberto, Elton, Paulo Sérgio e Nilton e a vaga praticamente assegurada.