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Blog: Roberto vira Dinamite. Saiba essa história!

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

25.11.1971 – Com um chute fortíssimo, de fora da área, Roberto virou “Dinamite”, marcando o seu primeiro gol pelo time A de São Januário. A vítima foi o goleiro Gainete, do Internacional-RS, abatido, nos 2 x 0 vascaínos, valendo pelo então chamado Campeonato Nacional. No dia seguinte, o “Jornal dos Sports” saiu com a manchete “Explode o Garoto Dinamite”. Na realidade, o apelido não surgira depois do golaço. Na segunda fase do Brasileiro, durante os treinos para enfrentar o Atlético-MG (21.11.1971), Roberto se destacara nos treinos e ganhara a vaga de titular. No dia anterior ao jogo o mesmo  jornal anunciou: "Vasco escala garoto-dinamite". Eliomário Valente e Aparício Pires, vascaínos, sacaram tudo e criaram o apelido quando o garoto ainda era um juvenil.

Carlos Roberto de Oliveira, nascido em Duque de Caxias-RJ, em 13 de abril de 1954, totalizou 47 partidas com a camisa da Seleção Brasileira. Venceu 28, empatou 14, perdeu cinco e mandou 26 bola nas redes. Dessas, 38 foram contra seleções nacionais (22 vitórias, 11 empates e cinco quedas, marcando 20 tentos); 9 diante de seleções estaduais, clubes e combinados (seis vitórias, três empates e cinco visitas ao filó). A Fifa considera só 20 como jogos oficiais (11 vitórias, um empate e uma vez atrás no placar, deixando neles nove gols. Pela seleção olímpica, foram cinco compromissos, com um vencido, dois  empatados e dois perdidos. Marcou só um gol. Seu último jogo foi com a camisa vascaína, em 24 de março de 1993, contra o espanhol Deportivo La Coruña, que venceu, por 2 x 0, no Maracanã. 

Os últimos gols de Roberto Dinamite pela Seleção Brasileira foram em 1º de setembro de 1983, em Brasil 5 x 0 Equador, pela Copa América, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, diante de 26.688 pagantes. Dinamitou aos 48 e aos 58 minutos do jogo apitado pelo uruguaio Luis de La Rosa. O treinador era Carlos Alberto Parreira e o time contou com: Leão; Leandro, Márcio Rossini (Toninho Carlos), Mozer e Júnior; Tita (China), Renato e Jorginho Putinatti; Renato Gaúcho, Roberto Dinamite e Eder Aleixo.     

Roberto conquistou três títulos pela Seleção Brasileira: da Copa Rio Branco, da Taça do Atlântico e do Torneio Bicentenário da Independência dos Estados Unidos. Pela equipe olímpica, a estreia foi em 29 de junho de 1972 , empatando com o Bonsucesso por 0 x 0. Pelo time A, o primeiro jogo foi em 39 de setembro de 1975, em Brasil 1 x 3 Peru.  O último em 17 de junho de 1984, em Brasil 0 x 0 Argentina.

Em 1979, Roberto Dinamite passou o recorde, de 576 jogos do ponta-direita Sabará, que defendera o Vasco nas décadas de 1950 e de 1960. Pela Federação Internacional de História e estatística  de Futebol, Roberto Dinamite marcou, oficialmente, 70 gols em partidas de primeira divisão. Fica atrás só de Pelé, Josef Biean (TCH), de Puskas (HUN) e de Romário. 

No dia 4 de maio de 1980, Roberto Dinamite sentou-se na poltrona nº 17, como sempre fazia, e seguiu,  de São Januário, para o Maracanã. Estranhou o grandioso público para um jogo entre dois times classificados à fase seguinte do Campeonato Brasileiro. Não se tocou que aquele seria o seu reencontro com a torcida vascaína, após voltar do espanhol Barcelona. Do vestiário, ouviu a torcida gritar o seu nome, e chorou, emocionado. Agradeceu com cinco pipocas nas redes: Vasco 5 x 2, de virada. Caçapava abriu o placar, aos 11 minutos, mas Roberto dinamitou o "Timão", aos 13, 27 e 37. Aí, aos 39, Sócrates bateu pênalti e diminuiu para os alvinegros paulistas. Roberto fez um outro, aos 42. E mais outro, aos 27 do segundo tempo, do jogo apitado por Carlos Sérgio Rosa Martins (RS), assistido por 107.474 pagantes, que deixaram nas bilheterias do “Maracá” Cr$ 8 milhões, 648 mil, 760 cruzeiros.  Naquele dia, o técnico vascaíno Orlando Fantoni escalou: Mazaropi; Paulinho II, Juan (Ivã), Léo e Paulo César; Carlos Alberto Pintinho, Guina e Edu; Wilsinho (João Luís), Roberto Dinamite e Catinha.

Fonte: Kike da Bola