Basquete: CBB homenageou bicampeões mundiais de 1963
Os abraços são calorosos e recebem amigos de longa data e seus familiares. A euforia não é a mesma daquele 25 de maio de 1963, quando se tornaram bicampeões mundiais de basquete, mas os sorrisos largos e as brincadeiras ao pé do ouvido estão por toda parte. Amaury, Wlamir, Sucar, Paulista, Mosquito, Fritz, Jatyr e Menon se encontram com frequência para botar o papo em dia. Neste sábado, porém, a reunião em um restaurante de São Paulo teve um caráter especial: os ex-jogadores brindaram aos 50 anos da conquista do bicampeonato mundial de basquete pela seleção brasileira.
Pouco a pouco os ex-jogadores e seus entes foram chegando e trocando cumprimentos. O único daquele elenco campeão que não pôde comparecer ao evento foi Vitor Mirshuaswka, que está nos Estados Unidos. Mesmo assim, ele foi representado por seus familiares, assim como Rosa Branca, Ubiratan e Waldemar, que faleceram. Todos receberam camisas com seus nomes emolduradas como uma homenagem da CBB (Confederação Brasileira de Basketball).
- É muito gostoso tudo isso, rever os amigos. Nós sempre estamos juntos. Não poderia ser diferente. É uma festa linda. Temos de manter essa memória viva. Só espero que a próxima homenagem não seja daqui a 50 anos, em 2063, porque acho que não chegarei até lá - Wlamir.
- Toda comemoração é válida para pessoas que passavam 8h na quadra todo dia. É gratificante - completou Paulista.
Cestinha do mundial de 63, Amaury Pasos declarou seu orgulho de ter feito parte de uma equipe tão unida, que passou por cima dos Estados Unidos, da União Soviética e de todas as outras potencias do basquete para se tornar o primeiro bicampeão da história.
- Somos uma equipe de amigos. Como os mosqueteiros, éramos um por todos e todos por um. Tudo era em função da equipe. Foram esses os valores campeões. Por isso, muito obrigado a todos - disse Amaury.
No entanto, foi Wlamir quem emocionou os presentes ao recordar o técnico Togo Renan Soares, o lendário Kanela, que faleceu há 20 anos e foi representado por seus familiares.
- Abrimos mão de muita coisa motivados pela bola e pelo basquete, mas nós dó fomos responsáveis por 50% daquele título. Não seriamos muito sem o Kanela ao nosso lado - disse Wlamir.
O presidente da CBB, Carlos Nunes, também prestigiou o evento e prometeu novas homenagens aos campeões mundiais.
- Estamos atentos para valorizar conquistas importantes como a do mundial de 1963. Pretendemos fazer novas homenagens e queremos os campeões mundiais ao nosso lado.