Autuori se diz aberto à possibilidade de ida para o São Paulo
Após a derrota por 5 a 3 para o Internacional, Paulo Autuori desembarcou com a delegação do Vasco no Rio de Janeiro durante a tarde desta segunda-feira. O treinador não mudou o discurso da véspera e a saída do Vasco aparentemente é apenas questão de tempo. A possibilidade de trabalhar no São Paulo e substituir Ney Franco foi abordada durante o cerco promovido pelos jornalistas.
O São Paulo me procurou diversas vezes nos últimos anos. Estaria feliz da vida se pudesse dizer não de novo, pois estaria confortável onde estou. Mas não estou confortável. Estou aberto a qualquer possibilidade uma vez resolvida a situação com o Vasco. Comuniquei a decisão aos dirigentes na sexta-feira, assegurou o ainda comandante vascaíno.
A conversa de Paulo Autuori foi apenas com o diretor executivo Ricardo Gomes. Uma reunião deve acontecer nas próximas horas para fechar o ciclo em São Januário. Porém, o mesmo disse que nenhum evento foi agendado pela cúpula, mas está disponível para a convocação.
Sexta-feira houve uma frustração enorme quando os salários não bateram. O prazo foi estabelecido pelo Vasco. Tem momentos na vida que só se resolvem com choque. O Vasco vive uma situação muito grave e precisa ser confrontada. Gostaria de dizer que estou esperançoso, mas não estou, encerrou.
A repetição do discurso de despedida não foi comentada pelos dirigentes, que aguardam a definição do caso e ainda tentam convencê-lo a permanecer em São Januário. Caso rescinda o contrato com o Vasco, Autuori fica livre para assinar com o São Paulo.
Os dirigentes paulistas adotam o discurso de que sabem que o vascaíno quer voltar ao Morumbi e o convite oficial será feito apenas após o mesmo oficializar a saída de São Januário. Pelo lado carioca, a decisão pegaria muito mal com os dirigentes. Segundo os cruzmaltinos, os discursos de profissionalismo iriam ralo abaixo com a saída de quem se dizia fiel ao compromisso assumido.
Desde a chegada ao clube, Paulo Autuori foi informado pela administração Roberto Dinamite que o mês de julho era o prazo para colocar as finanças em ordem. O profissional afirmou em algumas ocasiões que deixaria o comando do time caso as promessas não fossem cumpridas. Antes da viagem para Caxias do Sul, o clima era de apreensão nos bastidores. Autuori se manteve discreto, mas funcionários e jogadores reconheceram o momento delicado.
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