As armas para a final (Vasco)
Prever o que vai acontecer quando a bola rolar às 21h45min do próximo dia 19, no Maracanã, é, obviamente, impossível. Mas os números ajudam a traçar uma idéia do que será preciso o Vasco fazer para superar o Flamengo. Nas dez rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro, o Vasco foi o time que menos cometeu faltas entre os 20 que disputam a competição. Na média, menos de 18 em cada 90 minutos.
Ao contrário do que poderiam supor os defensores da falta tática, bater pouco não significou, para o time de Renato Gaúcho, ser ineficiente na marcação: o Vasco é o time carioca que mais roubou bolas no Campeonato Brasileiro (37,2 desarmes por jogo).
Contra o Flamengo, time do Rio que mais finaliza, apertar a marcação será importante. O técnico sabe e já passou o recado ao time.
- Eles finalizam muito, e não há segredo para evitar isso: diminuir espaço. Foi assim que chegamos até esta final. Se deixarmos os caras ajeitarem, virarem para o gol e chutarem, ficará difícil - disse Renato.
Os números de Vasco e Flamengo no Brasileiro permitem imaginar ainda a tônica dos jogos decisivas: os rubro-negros com a bola, e os cruzmaltinos tentando roubá-la para contra-atacar. O Flamengo é o time, entre os cariocas, que mais troca passes: cerca de 306,8 por jogo, mais que os 235,8 dos vascaínos.
Um terceiro detalhe estatístico favorece o Vasco. Com quatro jogadores (Morais, Ramon, Edilson e Valdiram) habilidosos do meio para a frente, o time cruzmaltino dribla muito, quase dez vezes por partida.
Some-se a esse fato o de que o Flamengo é o time carioca que menos desarma, e pode-se chegar à conclusão de que o caminho até o gol de Diego está ao alcance dos jogadores vascaínos.
A menos de duas semanas para a primeira partida, o Vasco só pensa na reta final da preparação. Segundo Renato Gaúcho, a preparação física da equipe é o que menos o preocupa no momento.
- Fisicamente estamos muito bem, está tudo como o planejado. A única coisa que falta é o ritmo, mas isso dá para ir conquistando no amistoso e nos dois jogos do Brasileiro que teremos antes da final disse o técnico vascaíno.
Quando a bola rolar, a estatística não servirá de muita coisa. Mas alguns números mostram por que os vascaínos devem estar otimistas.
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