Apoiado pelo avô, Caio Lopes quer brilhar no profissional do Vasco
Com um bigode irreverente e um cavanhaque alinhado, além do cabelo pintado, o jovem Caio Lopes fala como um volante experiente, bem longe dos só 18 anos que carrega nos documentos. Cria de São Januário, o garoto, vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Vasco, é visto no clube como uma promessa.
Ao seu lado, Caio Lopes carrega um avô que o acompanha desde as primeiras horas de vida. No futebol, o volante sempre teve o seu João como pai, técnico e conselheiro. E tudo isso com São Januário como casa.
- São nove anos de Vasco. Cheguei menino aqui. Meu primeiro clube foi aqui. Cinco anos jogando futsal. Toda evolução jogando aqui na quadra, aqui embaixo - conta Caio Lopes, sentado num degrau das arquibancadas de São Januário.
Entre todos os nove anos de clube, 2019 já é o mais especial para o volante. Em janeiro, o Cruz-Maltino chegou à final da Copa São Paulo de Futebol Júnior e perdeu nos pênaltis para o São Paulo, no Pacaembu. Independentemente do resultado, Caio acredita que o objetivo do Vasco foi cumprido.
- O ano começou de forma muito intensa. No dia 4 já estreamos na Copa São Paulo. Passamos a virada do ano pensando nisso. Nosso objetivo era o título, mas chegar à final também era. Acredito que já seja o ano mais especial, por toda a história que a Copinha tem, por tudo o que fizemos. Não chegavam há tanto tempo... A visibilidade foi muito grande - diz.
Aos 18 anos, Caio Lopes foi um dos jogadores que se destacaram na Copinha e que também será usado no elenco profissional, como revelou o técnico Alberto Valentim durante o Seleção SporTV, na tarde desta quinta-feira. Caio falou dos companheiros.
- Ficamos muito felizes (pelos companheiros que subiram). Sabemos que a nossa hora vai chegar. Temos de continuar o nosso trabalho. Temos competições importantes. Tem o Carioca, mais uma preparação para outra Copinha, com pressão ainda maior...
Caio Lopes cresceu jogando futebol de salão e estudando em São Januário. Quem o acompanhava era o avô João, que também assistiu de perto à entrevista e não esconde o lado "babão" pelo neto.
- Ele é o orgulho da família. Tenho mais netos menores que se espelham nele. Também estão no futebol, já. Essa Copinha foi maravilhosa para nós. Pelo sucesso do Vasco, pelo sucesso dele. Por ter representado tão bem o Vasco e pelos frutos que ele vem colhendo agora - diz, orgulhoso, João.
Quando mais novo, Caio garante que era "tranquilo", e o avô revela que só uma vontade não foi atendida.
- Bronca eu nunca dei, não, mas sempre conversei e mostrei o que fazer. Eu queria que ele não fosse volante, queria que fosse o artilheiro que eu fui, aí seria sensacional (risos). Bronca nunca teve. Sempre teve muito papo. Tínhamos uma liberdade muito grande. Eu sempre procurava dar uns toques nele.
Agora, Caio Lopes quer focar apenas em fazer com que o restante de 2019 seja tão bom quanto janeiro.
- Um passo de cada vez. Pensar aqui no Vasco. Dar um passo de cada vez. As coisas vão acontecendo durante o ano. Espero que seja um ano muito bom para a gente.
Fonte: geMais lidas
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